Ser idosa não significa deixar de se ginasticar.
Vá lá, deixe de ser preguiçosa:
continue ou inicie alguma forma de não enferrujar as dobradiças.
Envelhecer explodindo de vida, alimentando-se do prazer.
(surrealista, mas que dá que pensar... dá)
Instalar idosos nas prisões e os infractores em lares.
Assim, os nossos idosos terão acesso a um chuveiro, passeios, medicamentos, exames odontológicos e médicos regulares.
Receber cadeiras de rodas, etc.
Receber o dinheiro em vez de pagar o seu alojamento.
Teria direito a vídeo vigilância contínua, que permite imediatamente receber assistência depois de uma queda ou outra emergência.
Limpeza do quarto, pelo menos duas vezes por semana, roupas lavadas e passadas regularmente.
Um guarda visita a cada 20 minutos e podem receber refeições directamente no seu quarto.
Ter um lugar especial para atender a família.
Ter acesso a uma biblioteca, sala de ginástica, fisioterapia e espiritual, bem como a piscina e até mesmo ensino gratuito.
Pijamas, sapatos, chinelos e assistência jurídica gratuita, mediante pedido.
Quarto, casa de banho e segurança para todos, com um pátio de exercícios, rodeado por um belo jardim.
Cada idoso teria direito a um computador, rádio, televisão.
Teria um "conselho" para ouvir denúncias e, além disso, os guardas terão um código de conduta a ser respeitado!
Agora vem o pensamento:
Politicamente é correcto dar condições de existência a todos, mesmo aos reclusos.
Agora, o que não é admissível é a inversão dos valores em que se assiste à defesa dos mais fortes contra o desleixo dos que não se conseguem defender, como é o caso dos idosos e doentes.
Além do mais, é imoral que a sociedade se preocupe mais com aqueles que a não respeitam, que a atacam a cada dia e que a subvertem.
Que tal se sentem os que passaram uma vida a trabalhar para receberem umas migalhas e em troca, na sua velhice, serem atacados directamente por aqueles a quem têm de sustentar???
A vida não é justa... mas não é necessário exagerar…
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Mas onde é que eu já li isto?
Laura Martins
Uma senhora de 80 anos foi presa por ter roubado no supermercado. Quando ela estava na frente do juiz, ele perguntou: - O que a senhora roubou?
Ela respondeu... 1 lata pequena de pêssegos.
O juiz perguntou-lhe o motivo de ela ter roubado e ela respondeu: - Estava com fome.
O juiz então perguntou à velha senhora quantos pêssegos tinha dentro da lata. Ela disse que tinha 6.
O juiz então disse: - Eu vou prender a senhora por 6 dias.
Mas antes que o juiz pudesse terminar a sentença, o marido da velha senhora perguntou se poderia ter uma palavra com o juiz sobre o acontecido...
O Juiz disse que sim e perguntou o que ele queria dizer.
Aí, o marido da velha disse: - Ela roubou também uma lata de ervilhas...
ENGENHEIRO-QUÍMICO
"Muitas pessoas me perguntam: 'O que os velhos fazem quando se aposentam? '
Bem, eu tenho sorte de ter uma formação em engenharia química, e uma das coisas que eu mais gosto é transformar cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas em urina "
JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO
Um grupo de amigos de 50 anos discutia para escolher o restaurante onde iriam jantar. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque as empregadas usavam mini-saias e blusas muito decotadas.
10 anos mais tarde, aos 60 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque a comida era muito boa e havia uma excelente carta de vinhos.
10 anos mais tarde, aos 70 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque lá havia uma rampa para cadeiras de rodas e até um pequeno elevador.
10 anos mais tarde, aos 80 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical. Todos acharam que era uma grande ideia porque nunca tinham ido lá.
VELHO CONVENCIDO
Bill e Sam, dois amigos da terceira idade, encontravam-se no parque todos os dias para alimentar os pássaros, observar os esquilos e discutir os problemas mundiais.
Um dia, Bill não apareceu. Sam pensou que ele poderia estar resfriado ou coisa semelhante.
Entretanto, Bill não apareceu nos próximos dias e semanas. Sam ficou preocupado.
Como eles se conheciam somente do parque, Sam não tinha a menor ideia onde Bill morava e ficou impossibilitado de saber o que de facto tinha ocorrido.
Passado um mês, Sam estava chateado pois ficou na sua mente a ultima vez que viu Bill.
Indo ao parque como de costume, lá estava sentado Bill!
Sam ficou felicíssimo e aproximou-se. - Por Deus, Bill, o que aconteceu com você?
- Eu estava na cadeia.
- Cadeia? gritou Sam. - Por que motivo?
- Você conhece a Vanessa, aquela garçonete loira e deliciosa da padaria que eu vou de vez em quando?
- "Claro que me lembro" falou Sam. "E daí?"
- Bem, um dia ela foi à Policia e me denunciou por estupro. E eu, com meus 89 anos de idade, fui todo feliz para a Corte e me considerei «Culpado»...
Daí, o safado do Juiz me sentenciou a 30 dias por falso testemunho!
Se você tem a felicidade de contar com seus avós ainda vivos, deve se lembrar de pelo menos uma história que, em almoços de família, festas de final de ano ou reuniões sociais, os velhos não se cansam de repetir.
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Debruçada na janela, observo o mundo que, há tempos, se constitui no quotidiano de uma rua de periferia.
O cansaço chegou, somado a dificuldades no caminhar, e a visão, turva, me mostra apenas uma sucessão de dias monótonos, vazios. Muitas vezes, me pergunto se vale a pena viver sem motivações, alegrias, esperanças. Nada existe que me prenda a esse mundo. Olho os novelos de lã, que sempre foram fontes de alegria e prazer, e me lembro das colchas, coletes, vestidos e blusas que, carinhosamente, tricotava para minha família. Era meu passatempo preferido, mas agora, com essa insensibilidade nas pontas dos dedos... tento, mas em vão. As agulhas caem, as linhas se embaraçam.
Desisti, também, das revistas, pois meus olhos vêem nelas apenas borrões. Que doença danada! Foi minando meu corpo e, agora, já não tenho sequer como andar, e rastejo.
De tão calada que passo meus dias, sequer consegui, na visita médica mensal, explicar o que sinto de esquisito. As palavras ficaram travadas e o máximo que consegui emitir pareceu um grunhido. Foi quando me dei conta de que já estava excluída da vida.
Lembrei, sorrindo, de uma matéria de revista, que falava sobre certas culturas; países onde as pessoas se preparavam para a morte, se deitando, ou sentando, até que Ela chegasse. Eu me sento todos os dias, horas a fio, esperando-a, e Ela não vem. As forças se extinguem.
Sei que a solidão é algo de que não se corre, principalmente quando as pernas já não servem para nada, e a cabeça sempre se esquece de raciocinar. Vario demais. Chego a ver nos outros o rosto do meu pai, da minha mãe...
Não gosto de contar sobre a dor que marcou minha vida. Foi por conta da minha única filha que, duas semanas após meu aniversário de oitenta anos, disse que não podia mais ficar comigo e me trouxe para esse asilo. Não pensei que fosse um adeus, até que os anos passaram. E assim, fiquei só.
Daquele dia em diante, nunca mais senti dor. Dormências, sim. Esquecimentos...
Por anos a fio, vivi entre novelos de lã, tricotando, lendo revistas e vendo a vida passar através da janela.
Agora, cansada, todos os dias me sento, à espera de quem, decerto, não me faltará, e virá, algum dia.
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16/08/2007
Belvedere Bruno
Uma tarde um neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos actuais.
Então, de repente, o neto perguntou:- Quantos anos tem, avô?
E o avô respondeu:- Bem, deixa-me pensar um momento...
Nasci antes da televisão, e já crescidinho apareceu, com um único canal e a preto e branco.
Nasci antes das vacinas contra a poliomielite, das comidas congeladas, da fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula anticoncepcional.
Não existiam os radares, os cartões de crédito, o raio laser nem os patins on-line.
Não se tinha inventado o ar condicionado, as máquinas de lavar e secar, (as roupas secavam ao vento) e frigoríficos quase ninguém tinha.
O homem nem tinha chegado à lua.
A tua avó e eu casámos e só depois vivemos juntos e em cada família havia um pai e uma mãe.
"Gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam piercings.
Nasci antes das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.
Não havia computador, Comunicávamos através de cartas, postais e telegramas.
Mails, chats e Messenger, não existiam. Computadores portáteis ou Internet nem em sonhos...
Estudávamos só por livros e consultávamos enciclopédias e dicionários.
As pessoas não eram medicadas, a menos que os médicos pedissem um exame de sangue.
Chamava-se a cada polícia e a cada homem "senhor" e a cada mulher "senhora".
Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro.
As nossas vidas eram governadas pelos 10 mandamentos e bom juízo.
Ensinaram-nos a diferençar o bem do mal e a ser responsáveis pelos nossos actos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que comíamos quando estávamos com pressa.
Ter um bom relacionamento, queria dizer dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as férias juntos.
Ninguém conhecia telefones sem fios e muito menos os telemóveis.
Nunca tínhamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM, Fitas, cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livro de anotações.
"Ficar" dizia-se quando pessoas ficavam juntas como bons amigos.
Aos relógios dava-se corda todos os dias, mesmo aos de pulso.
Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras eléctricas, ferros de passar eléctricos, os fornos microondas nem os rádios-relógios despertadores. Para não falar dos vídeos ou VHF, ou das máquinas de filmar minúsculas de hoje...
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Eram a branco e preto e a sua revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, a sua revelação era muito cara demorada.
Se nos artigos lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se chamavam pirolitos, tudo custava 10 centavos.
1 euro, dizia-se cem escudos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora diz-me, quantos anos achas que tenho?
- Meu Deus, Avô! Mais de 200! - disse o neto.
- Não, querido. Tenho 55!
Eu era o Lucianinho. Tinha oito ou dez anos. Em pé, na cozinha, com os olhos esbugalhados, assistia Dona Dora que lidava com um prato de louça sobre a pia.
No centro do prato, um pouco de água e azeite. Dona Dora ia rezando baixinho enquanto cortava a gota de azeite em duas, depois em quatro partes... E fazia um sinal da cruz com a faca em frente à minha testa, enquanto murmurava algo que jamais entendi. A mãe de minha mãe, minha Vó Dora, estava me benzendo. Dizia que estava tirando um quebranto, um mau olhado...
Essa é a imagem mais forte que tenho de minha Vó Dora, além do bombom Sonho de Valsa que sempre me esperava e do jeitinho de conversar como se estivesse me chamando pra confidenciar num cantinho...
Dora é a redução carinhosa que a família fez de seu nome: Adoração. Fala a verdade, quantos podem se gabar de ter uma avó chamada "Adoração"? Adoração era esposa do Duarte.
Quem lê meus textos há mais tempo, conheceu o Seu Duarte, meu avô, que faleceu em novembro de 2004, aos 101 anos, deixando Dona Dora, que tinha 94 anos, viúva. Dois anos antes eles comemoraram 75 anos de casados. Quando Seu Duarte morreu, escrevi um texto chamado "Um Passarinho" onde eu dizia: "Ao lado dele, inseparável, a Vó Dora, com seus 94 anos e 77 de casamento, atendendo cada vez que ele perguntava pela ´Dorinha´, sua adoração. O Vô se foi, Dorinha ficou.
Vê-la sozinha é difícil. Falta um pedaço."
Fred Astaire e Ginger Rogers. O Gordo e o Magro. Pelé e Coutinho. Jambo e Ruivão. Batman e Robin. Arrelia e Pimentinha. Tom e Vinicius. Sá e Guarabyra... Tive muitas duplas como referência em minha vida. Mas Dona Dora e Seu Duarte, ao lado de meu pai e minha mãe, foram a principal. Dos dois recebi todo tipo de influência positiva. E um conceito de "família" como não existe mais. Os primeiros quarenta e oito Natais de minha vida, passei ao lado deles. E quando a dupla se desfez em 2004, aqueles Natais mágicos acabaram. Dona Dora ficou triste, perdeu o gosto pela vida...
Pois domingo passado a Vó Dora foi encontrar o Seu Duarte. Quando minha mãe ligou comunicando que ela falecera, já esperávamos. Ela estava adoentada. Fui para Bauru, para as homenagens finais e o enterro. No velório uma surpresa. Em meio às flores do caixão, com um semblante incrivelmente tranqüilo, Vó Dora esboçava um leve sorriso. Aquela expressão de paz serviu para atenuar muito a dor de todos os presentes. E eu sabia pra quem era aquele sorriso. Era pro Seu Duarte...
O Vô e a Vó eram tão especiais que até na morte arrumaram um jeito de não atrapalhar. Vô Duarte se foi numa sexta. Vó Dora num domingo.
Ali ao lado do caixão, permaneci imaginando Dona Dora chegando ao céu e sendo recebida pelo Seu Duarte, num longo e saudoso abraço. A dupla que conheci por 48 anos, estava reunida de novo. Infelizmente longe de nós. Mas perto, pertinho de nós. Como diria o poeta, eles agora moram num ranchinho no meu coração.
To querendo encerrar este texto da mesma forma que encerrei o texto do Vô Duarte em 2004... Posso? Obrigado...
Por 50 anos tive aquele casal como uma referência, um norte. Reflito muito sobre o que sinto por meus avós. E quanto mais penso, mais certo fico: res-pei-to. Nunca conheci alguém tão respeitável como o Vô Duarte e a Vó Dora. E dentre os atributos positivos dos homens, respeito é justamente o mais ameaçado de extinção. O respeito que sinto não é pela autoridade, pelo cargo, pelo poder. É o respeito pelo exemplo, pela humildade, honestidade e caráter. Quantas pessoas verdadeiramente respeitáveis assim você conhece, hein?
Sou um privilegiado. No meio dos anti-heróis da modernidade, dos modelos de sucesso raso, das celebridades vazias, da falta de caráter, dos aproveitadores, dos hipócritas, tive pertinho de mim e de meus filhos um modelo de gente como não se faz mais.
E aí, Lucianinho, quer dizer alguma coisa?
- Obrigado, Vó. Pra mim a senhora é eterna. "Qui nem" o Vô...
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Este artigo é de autoria de Luciano Pires
(www.lucianopires.com.br)
e está liberado para utilização em qualquer meio, contanto que seja citado o autor e não haja alteração em seu conteúdo.
Pelo menos agora
já têm uma desculpa
para evitar certas coisas...
SIMPLES TROCA
Duas senhoras idosas estavam tomando o café da manhã num restaurante.
Ethel notou alguma coisa engraçada na orelha de Mabel e disse:
- Mabel, você sabe que está com um supositório na sua orelha esquerda???
Mabel respondeu:
- Eu tenho um supositório na minha orelha?? Puxou-o, olhou para ele e então disse:
- Ethel, estou feliz que você tenha visto...
Agora eu acho que sei onde encontrar o meu aparelho auditivo...
LEMBRANÇAS BOAS
Quando o marido finalmente morreu, a esposa colocou no jornal o anúncio da morte, acrescentando que ele havia morrido de gonorreia.
Logo que o jornal foi distribuído, um amigo da família telefonou e protestou veementemente:
'Você sabe muito bem que ele morreu de diarreia, e não de gonorreia!!!'
A viúva respondeu:
'Eu cuidei dele noite e dia, portanto é lógico que eu sei que ele morreu de diarreia, mas eu achei que seria melhor que se lembrassem dele como um grande amante, ao invés do grande m.... que ele sempre foi.'
A ISCA
Um casal idoso estava num cruzeiro e o tempo estava tempestuoso. Eles estavam sentados na traseira do navio, olhando a lua, quando uma onda veio e carregou a velha senhora. Procuraram por ela durante dias, mas não conseguiram encontrá-la. O capitão enviou o velho senhor para terra, com a promessa de que o notificaria assim que encontrasse alguma coisa. Três semanas se passaram e finalmente ele recebeu um fax do navio. Ele leu:
'Senhor: lamento informar que encontramos o corpo de sua esposa no fundo do mar. Nós a içamos para o deque e, presa a ela, havia uma ostra. Dentro da ostra havia uma pérola que deve valer $50.000 dólares. Por favor, diga-nos o que fazer.'
O velho homem respondeu:
'Mande-me a pérola e atire de novo a isca.'
CUIDADO COM A PAREDE
Uma cerimónia funerária estava sendo realizada por uma mulher que havia acabado de falecer. Ao final da cerimónia, os carregadores estavam levando o caixão para fora, quando, acidentalmente, bateram numa parede, deixando o caixão cair. Eles escutaram um fraco lamento. Abriram o caixão e descobriram que a mulher ainda estava viva!
Ela viveu por mais dez anos e, então, morreu. Mais uma vez uma cerimónia foi realizada e, ao final dela, os carregadores estavam novamente levando o caixão. Quando eles se aproximaram da porta, o marido gritou:
'Cuidado com a parede!!!!!'
QUE CHATICE
Um casal de velhinhos está deitado na cama.
A esposa não está satisfeita com a distância que há entre eles e ela lembra:
- Quando éramos jovens, você costumava segurar a minha mão na cama!
Ele hesita e, depois de um breve momento, estica o braço e segura a mão dela.
Ela não se dá por satisfeita.
- Quando éramos jovens, você costumava ficar bem pertinho de mim!
Uma hesitação mais prolongada agora e, finalmente, resmungando um pouco, ele vira o corpo com dificuldade e se aconchega perto dela da melhor maneira possível.
Ela ainda insatisfeita:
- Quando éramos jovens, você costumava morder minha orelha...
Ele dá um longo suspiro, joga a coberta de lado e sai da cama.
Ela se sente ofendida e grita:
- Aonde você vai?
- Buscar a dentadura, véia chata.
Eu, tirar minhas marcas de expressão?
Qual o por quê de extraí-las, se foram elas que me deram expressão?
Limpar da minha vida as tristezas que fizeram traços na minha testa. Não.
Prefiro aprender com a minha fronte.
Varrer do canto dos olhos os sorrisos que eu dei, as alegrias que eu tive?
É uma forma estúpida de estética, como se eu fosse alisar minhas experiências, as que eu vivi com muito custo e honra, apesar de algumas dores.
Esticar minha cara contra a natureza?
Embonecar-me como um brinquedo em série? Nada disso traz a verdade.
Se daqui a pouco a minha papada estiver mole é porque cantei muito, falei do meu amor pelos quatro cantos do mundo e por todos os cantos da boca.
E se há cabelos brancos, é eu comecei a acender melhor minhas ideias.
Se hoje eu não corro e me canso com mais facilidade, é porque tenho a vivência de saber que muitos passos que damos são dados em falso, trôpegos até.
Quantas vezes eu escorreguei pelas ciladas do destino?
Quantos buracos, quantos caminhos errantes, quantas bifurcações...
Minhas pernas seguem mais lentas, todavia precavidas dos acidentes de percurso.
Quando vejo uma pedra, não mais a chuto, deixo que ela fique em seu lugar.
Meus braços não querem tantos músculos definidos e, sim, a definição de um abraço afectuoso.
Agora solto mais minha barriga. Já quase não tenho mais medo.
Já não reteso tanto minhas emoções e nem as guardo no armário embutido do abdómen.
A barriga era mais dura, eu era mais duro e a vida, para mim, era mais dura.
Sentia com o estômago. Apaixonava-me com o fígado, sofria muito pelo intestino.
Para que uma barriga de tanquinho e um ralo de esgotos na cabeça?
Não posso dizer que nunca mais tive emoções tão indigestas.
A diferença é que o alimento que vem dos outros me faz menos mal e a minha digestão é mais segura e confiante.
Apenas ando, caminho com as árvores, abraço-as, dou nome a elas.
Olho para o céu, hoje, olho para o céu e procuro as estrelas mais próximas, busco as distantes, apesar de não enxergá-las com os olhos.
Com meus pés piso a terra - seca ou molhada, tanto faz -, e sinto sua pele.
Parece incrível sentir o coração do Planeta com os pés.
As flores são vistas, outrora desprezadas.
As plantas dormem ao meu lado. Falo com os bichos e escuto suas frases.
Antes minha surdez era mais jovem.
Posso dizer que, agora, minha voz, mais grave e mais fraca, é capaz de dizer que ama com muito mais firmeza e verdade.
E, como ela já disse: não sou eu quem faz os anos, os anos é que me fazem.
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28/10/2007
Maurício Santini
http://melmeusonho.blogspot.com/2007/09/marcas-de-expresso.html
Sentir-se jovem é sentir o gosto
De envelhecer ao lado da mesma mulher;
Curtir ruga por ruga de seu rosto,
Que a idade - sem vaidade - lhe trouxer.
O corpo transformar-se em escultura:
O Tempo apaixonado é um escultor
E a fêmea oculta na mulher madura
Explode em sensuais formas de amor!
Ser jovem cinquentão: não é preciso
provar que emagrecer rejuvenesce!
Pois a melhor ginástica é o sorriso,
E quem sorri de amor nunca envelhece.
Amar ou desamar sem sentir culpa,
Desafiando as leis do coração.
Não faça da velhice uma desculpa
E nem da juventude profissão.
Idade não é culpa, velhice não é desculpa,
Nem mesmo a juventude é profissão!
Fica mais velho quem tem medo de ser velho.
Roubando sonhos de algum adolescente,
Dizer que ele "dá duas", que é potente,
Mentir para si e para o espelho.
A idade é uma verdade, não ilude.
Quem dividiu a vida com prazer,
Velho é se drogar de juventude,
Ser jovem é saber envelhecer!
Velho é quem se ilude
Que a idade é juventude.
Ser jovem é saber envelhecer!
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Juca Chaves
Estar sozinha, nunca mais!
Abri portas, vi portais
e, afastei-me, na procura.
Fui andando, devagar,
na procura dum lugar
e companhia segura.
Saí. Olhei tantos rostos
que só me deram desgostos.
Trouxe, nas mãos, amargura.
Depois, desencorajada,
vi-me ao espelho desenhada,
tal e qual caricatura.
Perdido o viço da pele.
não tinha encontrado «aquele»,
Restava a minha figura.
Hoje percebo, bem triste,
que nada, ninguém resiste.
Estou só co'a minha loucura!
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20/04/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Sogra tranquila................... Nome Científico: sogronis nadelas
Uma espécie bem resolvida. Deixa o filhote livre para namorar sem fazer perguntas. E ainda serve chá com biscoitos quando a(o) conhece. Migra várias vezes por ano, deixando a casa liberada.
Sogra jararaca ................... Nome Científico: sogronis peçonhentus
Essa é um perigo. Sua língua venenosa acaba com as tentativas de namoro do filhote; o tipo mais comum.
Sogra querida.....................Nome Científico: sogronis simpaticcus
Espécie amorosa, que adota as namoradas(os), escuta seus problemas e torce pelo namoro. Rara e em extinçao, quem captura não solta.
Sogra intrometida.................Nome Científico: sogronis enxeridis
Se mete quando você menos espera e adora elogiar a ex-namorada(o) dele(a). Vence sua presa no cansaço. Costuma ir morar com o filhote quando ele(a) se casa.
Sogra dupla face ..................Nome Científico: sogronis falsidis
Faz a linha fina, mas na real quer puxar seu tapete. Nunca faz nada contra você perto do filhoto(ona) para que ele(a) não acredite nas suas reclamações. Dá presentes ou arruma um macho para ela voltar a reproduzir.
Sogra fashion........................Nome Científico: sogronis modernetes
Ela não quer saber quem é você, mas o que você veste. Se você for básica(o), já era. Para ela, nora ideal usa scarpin com meia, customiza o uniforme e faz artesanato com o copo de requeijão.
Sogra Trabalhadora ..............Nome Científico: sogronis workaholic
Ela tem três empregos, faz hidroginástica, adora levar trabalho pra casa e quando você aparece te põe para trabalhar. Para ela, nora ideal tem que fazer tudo o que ela faz e ainda estar sempre sexy e bem-humorada.
Para o filhote dela isso é o mínimo.
Sogra Ideal ..........................Nome Científico: sogronis defuntus
Está enterrada a pelo menos 7 palmos do chão.
É reunir a família à mesa de Natal,
com filhos, netos e bisnetos. O carinho que lhes for dispensado
vai ficar-lhes na lembrança durante muito tempo,
mesmo que a memória já não seja lá essas coisas.
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Laura B. Martins
Queres saber minha idade?
Olha dentro dos meus olhos profundamente, docemente!
Verás tudo o que imaginares!..
Não uma alma cansada, não uma mulher madura, não quem perdeu a esperança, não quem a insónia não deixou dormir!
Antes, uma criança que corre pelos prados atrás das borboletas, dos gamos e gazelas, de tudo que lhe dá vida!
Do cheiro do alecrim, das flores esparsas como um tapete de relva que seus pezinhos palmilham...
Antes, alegria rejuvenescida, vontade de viver, jovem como é!..
Nunca me perguntes minha idade! Não a tenho! Podes me dar a que quiseres. Não me importo não!..
Se esse corpo de hoje está diferente, a alma , essa, nunca mudou e nem mudará!
Não é uma alma atribulada, plena de dor e desamor! É uma alma cheia de encantamentos, para te dar muito amor que só conhecem os que amam, os que ainda correm atrás de seus sonhos, atrás dos beija-flores, do canto das cigarras, do sol que já desponta, e da tarde que se vai.
Tudo isso é a minha idade, junto a todo o amor que sinto por mim e por ti.
Sim, porque preciso me amar também. Dar-me um pouco de calor, para aquecer esse meu abraço que é só teu e meu.
Se quiseres ,ainda, saber a minha idade, olha, dentro dos meus olhos e lá verás a Idade do Amor!..
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Eda Carneiro da Rocha
www.albumpoeticoeda.com.br
E para isto acontecer não é preciso ser-se avô ou avó mas,
quando coincide, os netos sempre se riem;
especialmente do quadrante maior.
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Laura B. Martins
Lembrei-me deles agora há pouco. Um casal idoso que cruzei na Avenida São Luís há mais de quinze anos... Neste ponto eu medito que minhas recordações começam a datar com dois dígitos e isso é um péssimo sinal...
Estou envelhecendo, e isso é surpreendente.
Foi nas proximidades da São Luís com a Consolação, no trecho morto da Consolação; eles vinham de braços dados, juntos, carregando consigo uma história de vida que seria digna de nota nos periódicos de época e pós-época. Mas era um casal anónimo e imponente. Instintivamente eu parei. Parei e abri caminho para que passassem com toda a sua majestade. Eu era um jovem com 23 anos, mas não era um estúpido, e sempre respeitei os mais velhos (quando levo mulheres mais velhas para a cama faço isso com muito respeito), me parecia justo que eu parasse e permitisse ao casal idoso que passasse por mim, em posição de sentido, respeitoso e admirado de sua existência. Foi quando o senhor me surpreendeu:
- Obrigado, cavalheiro.
- Não por isso, retorqui.
E subitamente fui soerguido à condição de cavalheiro.
Um breve gesto, irreflectido até, me tornou um cavalheiro. Sai dali enaltecido com o novo título. Enfim, cavalheiro. E procurei, com o passar dos anos, me esmerar na arte de ser um cavalheiro e ser digno disso. Abro a porta às damas, cedo a vez aos mais velhos, exijo o que é meu intempestivamente (ser cavalheiro é não ser pusilânime) e faço todo o mis'em'cene (meu Francês é péssimo) que um cavalheiro deve fazer. E mesmo assim nunca estou satisfeito comigo, triste assunto... Voltando ao casal, depois de quinze anos, acredito que já tenham partido desta terra. Se for assim, espero que tenham sido felizes até o último momento; e que o que ficou tenha podido suportar a dor e a saudade com o mesmo garbo com que passaram por mim, numa tarde iluminada, na Avenida São Luís, esquina com a Consolação, no trecho quase morto da Consolação...
E mais: Espero que, agora mesmo, eles estejam juntos, aqui do meu lado, sorrindo de alegria, por saberem que me dão um sentido a mais na vida por apenas e simplesmente passarem por mim. E se o texto é de esperanças, espero também que este possa, de alguma sorte, fazer pelo menos uma pessoa reflectir na necessidade de ser cordato com todos, para que todos sejam cordatos connosco.
Mas que nunca se confunda cordialidade com hipocrisia, e que a transparência seja a regra-mor de nossas existências...
Eu, que sei de antemão que não poderei ficar velho, apesar de estar envelhecendo, desejo a todos, nesta noite triste, sem estrelas e sem lua, uma vida longa, repleta de prosperidade.
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Claudius, el Triste
Minha esposa e eu viajávamos num cruzeiro pelo Mediterrâneo a bordo de um transatlântico da empresa Princess.
Durante o jantar notamos uma senhora velhinha sentada perto da varanda do restaurante principal. Notei também que todo o pessoal, a tripulação do barco, garções, ajudantes dos garções, etc. estavam muito familiarizados com ela.
Perguntei ao garção que nos atendia quem era aquela dama, e esperava que respondesse ser ela a dona da companhia de cruzeiros, mas respondeu que não. Ela apenas estava a bordo nas últimas 4 viagens, ida e volta.
Uma tarde, quando estávamos saindo do restaurante, cruzamos com ela e aproveitei para cumprimentá-la. Conversamos um pouco e passado um tempo lhe disse:
"Pelo que entendi a senhora tem estado neste barco nas últimas 4 viagens".
Ela me respondeu:
"Sim, é verdade".
Disse-lhe que não entendia a razão e ela me respondeu, sem pensar:
"É que sai mais barato que um asilo para velhos nos Estados Unidos. Não ficarei num asilo nunca e de agora em diante fico viajando nestes cruzeiros até à morte. O custo médio para se cuidar de um velho nestes asilos é de 200 dólares por dia. Verifiquei com o deptº de reservas da linha Princess que posso obter um desconto quando compro os cruzeiros com bastante antecipação mais o desconto para pessoas de mais idade, chegando a 135 dólares por dia.
A viagem me sai 65 dólares diários e mais:
1) Pago só 10 dólares diários de gorjetas.
2) Tenho mais de 10 refeições diárias se quero ir aos restaurantes, ou posso ter o serviço na minha cabine, o que significa dizer que posso ter o café da manhã na cama, todos os dias da semana.
3) O barco tem 3 piscinas, um salão de ginástica, lavadoras e secadoras de roupa grátis, biblioteca, bar, Internet, cafés, cinema, show todas as noites e uma paisagem diferente cada dia.
4) Creme dental, secador de cabelo, sabonetes e champô grátis.
5) Te tratam como cliente e não como paciente. Com uma gorjeta extra de 5 dólares, terás todo o pessoal de serviço trabalhando para te ajudar.
6) Conheço pessoas novas a cada 7 ou 14 dias.
7) A TV estragou? Necessitas trocar a lâmpada? Quer que troquem o colchão? Não tem problema. Eles consertam tudo e te pedem desculpas pelos inconvenientes. Lavam a roupa de cama e as toalhas todos os dias, e não tens que pedir.
9) Se você cai num asilo de velhos e quebra a bacia, tua única saída é o plano médico. Se cair e se machucar em algum barco da empresa Princess, vão te acomodar em uma suite de luxo pelo resto da tua vida.
Agora vou te contar o melhor que tem as empresas Princess.
Quer viajar pela América do Sul, Canal do Panamá, Tahiti, Caribe, Austrália, Mediterrâneo, Nova Zelândia, pelos fiordes, pelo rio Nilo, Rio de Janeiro, Ásia?
Ou menciona aonde queres ir.
A Cia. Princess está pronta para te levar.
Por isto, meu caro, não me procures em um asilo para velhos.
Viver entre... 4 paredes... e um jardim... como paciente de hospital...
No thanks!!!
Hãaa, ia esquecendo, se você morre, te atiram ao mar sem nenhum custo adicional.
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Vera Rossi
Hoje, pela manhã, exactamente como um raio de sol, você entrou em meu quarto.
Seu "olá" teve o som de uma sinfonia imortal para os meus ouvidos.
Esperei que você se aproximasse de mim, porque minhas pernas já não são tão firmes e tenho dificuldades em me manter em pé.
Você ficou à distância. Reclamou do cheiro de mofo e abriu amplamente a janela.
Fiquei feliz porque sempre dependo de que alguém chegue e faça isso por mim.
Amo os dias de sol. Eles me recordam os dias felizes em que a memória não me traía tanto e eu podia me sentir útil, realizando pequenas tarefas no lar.
Com a voz fraca, tentei conversar. Mas acho que você deve estar com muitos problemas, porque traz a face enrugada e parece muito contrariado.
Suas respostas foram curtas e secas e resolvi me calar, respeitando as suas preocupações.
Foi aí que você abriu a minha gaveta, aquela pequena da minha cómoda. "Quanto lixo!", foi o que você disse.
Meu coração começou a saltar. Você estava mexendo no meu tesouro. Alegrei-me porque agora, pensei, poderia lhe falar do significado de cada uma daquelas pequenas jóias.
A foto amarelada de seu avô e eu. Foi tirada durante nossa lua de mel. É em preto e branco. Mas eu recordo que o cravo na lapela do seu avô era vermelho e o meu vestido era estampado com flores miúdas coloridas.
"Mas, o que você está fazendo? Não revire deste jeito as coisas da gaveta. Você poderá amassar a fita azul que eu usava nos meus longos cabelos. Ou então o papel de bombom que está aí. São tantas preciosidades.
Não, não é lixo! É minha vida. Não jogue fora."
Como não tenho com quem trocar idéias, nem quem me ajude a relembrar os dias vividos, que teimam em escapar da memória, sirvo-me dessas coisas antigas para avivar as recordações.
Elas são o diário da minha vida. A flor seca me foi dada por sua mãe, em criança, num feliz dia do meu aniversário. Ela perdeu o viço, o perfume, mas encerra lembranças dos dias venturosos em que aguardava as crianças virem da escola, esperava meu eterno noivo retornar da fábrica.
Você estabelece o horário para eu comer, dormir, acordar. Não posso ter vontades, nem desejos atendidos.
Os meus sonhos, as minhas melhores realizações estão encerradas nesta gaveta. Os objectos que guardo me ajudam a lembrar que eu existo.
Não jogue fora minha identidade. Ela é feita de todas essas pequenas coisas que você chama de lixo e eu chamo "Meu tesouro."
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Redacção do Momento Espírita
Em 27.12.2007
COISAS DA IDADE
Três velhinhas estão em casa.
Diz uma delas:
- Ai... Estou com a vassoura na mão, mas não me lembro se ia varrer ou se já varri....
Diz outra:
- Xi...... Tenho a camisa de dormir vestida, mas não me lembro se acordei agora ou se me ia deitar....
Diz a terceira, conforme bate com a mão na mesa três vezes:
- Bolas, espero nunca ficar como estas duas....
Faz uma pequena pausa e diz:
- Eu já venho, que parece que alguém bateu à porta.
O GALO CHUCKY
Lá no interior americano, o velho fazendeiro foi ao cinema da cidadezinha.
O bilheteiro perguntou: - O que é isso no seu ombro?
- Isso é Chucky, o meu galo de estimação, onde eu vou, levo ele comigo.
- Sinto muito senhor, mas não permitimos animais no cinema.
O velho foi até esquina e enfiou o bicho dentro do macacão, no baixo ventre. Voltou, comprou o bilhete e entrou.
Estava começando o filme e o velho sentou-se ao lado de duas velhinhas viúvas. Abriu a braguilha para o galo respirar e o bicho botou o pescoço pra fora, todo feliz.
A velha ao seu lado cochichou pra outra:
- Acho que o cara ao meu lado é um tarado
A outra cochichou:
- Porque?
- O cara botou o negócio pra fora!
- Ah, não se preocupe, na nossa idade nós já vimos de tudo.
- Eu também pensava a mesma coisa, mas o negócio tá comendo a minha pipoca.
OLHA O QUE TE AGUARDA!
Sala de TV, o velhinho levanta e a mulher pergunta:
- Aonde você vai?
- À cozinha - responde ele.
- Você não quer me trazer uma bola de sorvete? - pede ela.
- Lógico! - responde o marido solícito.
- Você não acha que seria bom escrever isso no caderno? - pergunta ela.
- Ah, vamos! - ironiza o velhinho - Eu vou me lembrar disso!
Então ela acrescenta:
- Então me coloca calda de morango por cima.
Mas escreve para não ter perigo de esquecer.
- Eu lembro disso, você quer uma bola de sorvete com calda de morango.
- Ah! Aproveita e coloca um pouco de chantilly em cima! - pede a velha.
Mas lembra do que o médico nos disse... Escreve isso no caderno.
Irritado, o velhinho exclama:
- Ah, que saco! Eu já disse que vou me lembrar!
Em seguida vai para a cozinha. Depois de uns vinte minutos ele volta com um prato com uma omeleta.
A mulher olha para o prato e diz:
- Eu não disse que você iria esquecer? Cadê a torrada?!
O VALOR DOS MAIORES DE 50
Os maiores de 50 têm mais valor que qualquer outro grupo etário, senão vejam:
Têm prata nos cabelos.
Ouro nos dentes.
Pedras no fígado, nos rins e vesícula.
Chumbo nos pés.
Ferro nas articulações.
E uma fonte inesgotável de gás natural!
Nunca pensei poder vir a ter tanto valor ....
Nos primeiros versículos do livro bíblico do Eclesiastes, lê-se que há tempo para tudo.
Tempo de sementeira. Tempo de floração. Tempo de seca. Tempo de chuvas abundantes.
No ciclo do matrimónio igualmente existe o período inicial da adaptação, das descobertas do outro, da vinda dos filhos.
Tempo de noites mal dormidas. De fraldas e mamadeiras. Tempo de garotos na escola, de lições, da universidade. Dias inquietantes dos namoricos, dos voos mais distantes dos filhos ainda jovens.
Finalmente, chega o tempo em que o casal se descobre com o ninho vazio.
Não mais as vozes dos jovens a dizer: "Olá, cheguei! Oi, velho! Oi, mãe!"
Não mais os sons dos aparelhos electrónicos, as risadas, os pés sobre o sofá da sala, a linha telefónica sempre ocupada.
De repente, como aves migratórias, os filhos se vão. Vão para a formação dos seus próprios lares e consolidação das suas carreiras profissionais.
Quando se descobrem a sós, muitas vezes, os cônjuges passam a se desarmonizar. Agora, com tempo dilatado, podem olhar mais detidamente um ao outro, descobrindo imperfeições e defeitos.
As separações ocorrem com frequência nesse ciclo. A vitalidade do casamento fica enfraquecida, surgem os desentendimentos, e o casal entra em crise.
É uma fase que exige sabedoria.
O salmista David, traduzindo as necessidades especiais assim se expressa:
"não me rejeites no tempo da velhice. Não me desampares, quando se for acabando a minha força. Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares."
É justamente quando se necessita mais do outro que a criatividade há que ser accionada, para tornar o espaço do ninho vazio uma ventura. É o momento de aprofundar o relacionamento conjugal. Retomar os verdes dias do namoro, redescobrindo o prazer do calor de um aconchego mais demorado.
Deter-se a olhar um ao outro, recordando quando, exactamente, os cabelos começaram a ficar prateados.
Relembrar as lutas intensas, cujos traços estão impressos nas faces de ambos. Utilizar o tempo na leitura nobre, trocando impressões, discutindo panoramas e vivências. Idealizar juntos, novas metas.
Tornar a usufruir o sabor das manhãs claras, no passeio de mãos dadas, no bosque próximo.
Saborear juntos pequenos detalhes: a ida à pizzaria, os diálogos sem pressa, o concerto, o cinema, o teatro. Enfim, é imprescindível que os cônjuges estabeleçam prioridades.
E o matrimónio é prioritário. Tudo que venha deteriorar o equilíbrio conjugal, deve ser eliminado. Desenvolver amizade e companheirismo entre si.
O tempo e os interesses compartilhados conferem segurança e alegria e espantam a rotina.
....................
Quando te surpreendas demasiadamente crítico, para com a criatura que contigo compartilhou dores e alegrias de uma vida; que contigo ombreou nas dificuldades mais amargas; a criatura à qual entregaste o corpo e a alma, pára um pouco!
Pensa em tudo que juntos idealizaram e construíram. Recorda os primeiros dias. Pensa em quantas vezes foi aquele o ombro amigo em que te apoiaste e choraste.
Pensa em quantas vezes os abraços, os apertos de mão, uma doce carícia te
fizeram adquirir forças para os embates do mundo.
Deixa-te penetrar pela ternura das lembranças e então, olha o teu par e ama-o um tanto mais, enquanto prossigas no caminho com ele.
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(Adélia e Farid - Parabéns pelas bodas de ouro)
Coisa gostosa,
é sopro na orelha,
palavra maliciosa,
lobo na pele de ovelha.
Coisa maluca,
é língua no umbigo,
quanto mais cutuca
maior o perigo.
Coisa sem par,
é o olhar,
mesmo sem luar,
escolhe o lugar.
Coisa linda
é dizer:
- Te amo ainda.
Sem pesar,
apesar.
Caso que não finda.
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2/12/2004
Rosa Pena
Os jovens no seu viver e maneira de falar,
pensam, falam em morrer; mas, fazem-no sem pensar.
Na meia idade se fala, na morte, com mais cuidado.
Julgamos ultrapassá-la... que a morte, nos passa ao lado.
Mas, na idade do ouro, talvez pra lá dos sessenta,
viver já é um tesouro; e a morte nos apoquenta.
Fomos loucos, levianos; sorrimos, rememoramos.
Queremos viver mais anos. Já faltam poucos... pensamos.
A contagem decrescente instala-se, sem querermos.
Inconsciente, na mente, o desejo de vivermos.
Ah! Juventude incapaz! Quanto bem desperdiçado.
Pudesse eu voltar atrás... Fazer do futuro... passado!
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17/02/2002
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Você sabe que está chegando à meia-idade quando tudo dói e o que não dói não funciona.
A gente chega à meia-idade quando fazer amor nos transforma num animal selvagem: uma preguiça.
Meia-idade é quando sua idade começa a aparecer na cintura!
Na meia-idade você ainda sente vontade mas não lembra exatamente do quê.
Meia-idade é quando você sente vontade de se exercitar e deita pra esperar passar.
Meia-idade é quando seu médico lhe recomenda exercício ao ar-livre e você pega carro e sai guiando com a janela aberta.
Na meia-idade, jantares a luz de velas não são mais românticos porque não se consegue ler o cardápio.
Meia-idade é quando um cara começa a apagar as luzes por economia e não para criar um clima com você.
Meia-idade é quando em vez de pentear os cabelos você começa a "arrumar" os que sobram.
Infância: época da vida em que fazemos caretas para o espelho.
Meia-idade: a época da vida em que o espelho se vinga.
Há três períodos na vida: infância, juventude e "você está com uma aparência esplêndida". (essa é óptima)
Está na meia-idade? Ânimo! O pior ainda está por vir!
Você sabe que está na meia-idade quando tudo aquilo que a Mãe Natureza te deu o Pai Tempo começa levar embora.
Meia-idade é quando paramos de criticar a geração mais velha e começamos a criticar a mais nova.
Meia-idade é quando sabemos todas as respostas e ninguém nos pergunta nada.
Meia-idade: primeiro começa a esquecer os nomes, depois os rostos, depois de fechar o zíper.
Meia idade, enfim, é quando já não temos mais idade para dar maus exemplos e passamos a dar bons conselhos...
"Não há cura para o nascer e o morrer, a não ser saborear o intervalo".
Um estudo conduzido em 1994, na Austrália, pelo médico Warwick Anderson, revelou que os donos de cães e gatos iam menos ao médico do que quem não tinha nenhum animal de estimação.
"A explicação para isso é que a companhia de um cão, cavalo, gato ou qualquer outro bichinho que possa ser acarinhado activa a produção de serotonina", diz o zootecnista Alexandre Rossi, presidente da ONG Cão Cidadão, de atendimento a pacientes com câncer. Além de proporcionar prazer, o neurotransmissor serotonina reforça as defesas do organismo. E isso é especialmente importante para as pessoas idosas, mais sujeitas a problemas de saúde.
Ao cuidar de um animal de estimação, elas se sentem úteis e voltam suas atenções para o presente e o futuro, deixando de lado a nostalgia e as frustrações do passado - o que tem efeitos positivos sobre o ânimo e, consequentemente, sobre a saúde orgânica.
"Agora eu tenho por que esperar o dia seguinte: faço planos e me organizo", diz a aposentada Magdalena Aparecida Costa, de 86 anos. Moradora da casa de repouso Lar Ondina Lobo, em São Paulo.
Quinzenalmente, ela e seus companheiros de asilo recebem a visita de um grupo de voluntários e seus doze cachorros.
"É uma alegria", define Magdalena. "Depois que eles vão embora, eu sempre estou mais optimista e tranquila em relação à vida."
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Fonte: Revista Veja
Reportagem Giuliana Bergamo
Foto Maílson Santos 30/11/2005
Debruçada na janela, observo o mundo que, há tempos, se constitui no cotidiano de uma rua de periferia. O cansaço chegou, somado a dificuldades no caminhar, e a visão, turva, me mostra apenas uma sucessão de dias monótonos, vazios. Muitas vezes, me pergunto se vale a pena viver sem motivações, alegrias, esperanças. Nada existe que me prenda a esse mundo.
Olho os novelos de lã, que sempre foram fontes de alegria e prazer, e me lembro das colchas, coletes, vestidos e blusas que, carinhosamente, tricotava para minha família. Era meu passatempo preferido, mas agora, com essa insensibilidade nas pontas dos dedos... tento, mas em vão. As agulhas caem, as linhas se embaraçam.
Desisti, também, das revistas, pois meus olhos vêem nelas apenas borrões.
Que doença danada! Foi minando meu corpo e, agora, já não tenho sequer como andar, e rastejo.
De tão calada que passo meus dias, sequer consegui, na visita médica mensal, explicar o que sinto de esquisito. As palavras ficaram travadas e o máximo que consegui emitir pareceu um grunhido.
Foi quando me dei conta de que já estava excluída da vida. Lembrei, sorrindo, de uma matéria de revista, que falava sobre certas culturas; países onde as pessoas se preparavam para a morte, se deitando, ou sentando, até que Ela chegasse. Eu me sento todos os dias, horas a fio, esperando-a, e Ela não vem. As forças se extinguem. Sei que a solidão é algo de que não se corre, rincipalmente quando as pernas já não servem para nada, e a cabeça sempre se esquece de raciocinar. Vario demais. Chego a ver nos outros o rosto do meu pai, da minha mãe...
Não gosto de contar sobre a dor que marcou minha vida. Foi por conta da minha única filha que, duas semanas após meu aniversário de oitenta anos, disse que não podia mais ficar comigo e me trouxe para esse asilo. Não pensei que fosse um adeus, até que os anos passaram. E assim, fiquei só.
Daquele dia em diante, nunca mais senti dor. Dormências, sim.
Esquecimentos...
Por anos a fio, vivi entre novelos de lã, tricotando, lendo revistas e vendo a vida passar através da janela.
Agora, cansada, todos os dias me sento, à espera de quem, decerto, não me faltará, e virá, algum dia.
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Belvedere Bruno
A delicada vovó Ava Estelle, de 81 anos, ficou tão chocada quando dois delinquentes estupraram sua neta de 18 anos que ela conseguiu localizar os desavisados ex-condenados - e os baleou nos testículos.
"A velha senhora passou uma semana caçando esses homens - e quando os encontrou vingou-se desta forma inusitada", disse Evan Delp, investigador da polícia de Melbourne. Em seguida ela tomou um táxi, foi até a delegacia de polícia mais próxima, colocou a arma no balcão do sargento de plantão e lhe disse, com toda a calma:
"Por Deus, esses bastardos não vão estuprar mais ninguém!"
Os policiais disseram que Davis Furth, de 33 anos, ex-condenado e estuprador, perdeu o pénis e os testículos quando a ultrajada Ava abriu fogo com sua pistola de 9 mm no quarto do hotel onde ele vivia junto com Stanley Thomas, de 29 anos, seu companheiro de cela do período em que haviam cumprido pena na cadeia.
A polícia disse que a enrugada vingadora mandou para o outro mundo também os testículos de Thomas, mas o médico procurou salvar seu pénis mutilado. "Thomas não perdeu sua masculinidade mas o médico com quem conversei disse que ele não poderá usá-lo com antigamente", disse o investigador Delp aos repórteres. "Os dois homens ainda estão em más condições, mas acho que devem estar felizes por terem sobrevivido depois daquilo que passaram".
A Vovó Rambo entrou em acção em 21 de Agosto, após sua neta Debbie ter sido agarrada e violentada em plena luz do dia pelos dois bandidos armados de facas. "Quando vi a expressão no rosto da minha Debbie, aquela noite no hospital, decidi que sairia sozinha atrás daqueles bastardos porque imaginei que a lei seria branda com eles", relatou a bibliotecária aposentada. "E eu não estava com medo deles porque eu tinha um revolver e tinha atirado durante toda a vida. E não fui tonta de devolvê-lo quando a lei mudou a respeito de possuir um."
Assim, usando um esboço dos suspeitos e da descrição feita por Debbie, firme como uma rocha, Ava passou sete dias rondando a vizinhança onde o crime havia acontecido até ver os azarados estupradores entrarem no hotel decadente em que moravam.
A idosa senhora relembra "Eu sabia que eram eles no minuto em que os vi, mas ainda assim fiz uma foto deles e a levei para Debbie e ela disse, segura como o diabo, que eram eles. Assim voltei para o hotel e encontrei o quarto deles e bati na porta, e no instante em que o grandão abriu a porta eu atirei em linha recta entre suas pernas, exactamente onde ele realmente ficaria mais ferido, sabe. Então entrei e atirei no outro quando ele recuou, suplicando-me que o poupasse. Então fui até a delegacia de polícia e me entreguei."
Agora, especialistas perplexos tentam imaginar exactamente o que fazer com a vovó vigilante. "O que ela fez está errado e ela infringiu a lei, mas é difícil mandar uma velha senhora de 81 anos para a cadeia" - disse o investigador Delp - "Especialmente quando 3 milhões de pessoas na cidade querem nomeá-la prefeito."
DEPORTEM-NA PARA BRASIL, PORTUGAL
DEPORTEM-NA PARA QUALQUER PAÍS QUE A RECEBEM DE BRAÇOS ABERTOS!!!
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26/11/2008
Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.
Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correcto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e 65), existe a ENVELHESCÊNCIA. Envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade.
Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso:
Assim como os adolescente, os envelhescentes também gostam de meninas de 20 anos. Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente. Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos...
Os adolescentes não tem ideia do que vai acontecer com eles daqui a vinte anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso. Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes...
Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas. Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.
Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não os entendemos a eles. "Ninguém me entende" é uma frase típica de envelhescente. Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem. O adolescente adora usar uns ténis e uns cabelos compridos. O envelhescente também, sem falar nos brincos. Ambos adoram deitar e acordar tarde.
O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescente (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).
O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício. Ambos bebem escondido. Os adolescentes fumam maconha escondido dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.
A adolescência vai dos dez aos vinte anos; a envelhescência vai dos 45 aos 65. Depois, sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente. Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:
"É um eterno envelhescente"!
Que bom.
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(não tenho dados do autor)
"Idoso charmoso, com lindos olhos meio verdes (cobertos com cataratas), loiro (só dos lados), Atlético (sou torcedor), corpo malhado (pelo Vitiligo), e sarado (das doenças que já tive), um metro e noventa (sendo mais ou menos um de altura e noventa de largura).
Atendo em motéis, residências, elevadores panorâmicos, etc. Só não atendo em "drive-in" por causa das dores na coluna.
Alegro festa de Bodas de Ouro, convenções e excursões da terceira Idade.
Meço pressão, aplico injecções e troco fraldas geriátricas, tudo com o maior charme.
Atendo no atacado e no varejo. Traga suas amigas. Maiores de sessenta e cinco, por força de lei, não pagam, mas só terão direito à horário recomendável para a saúde. Serão concedidos descontos para grupos: quanto mais nova, maior o desconto.
Por questões de vaidade, não serão permitidas filmagens, pois, no momento, estou precisando operar uma hérnia inguinal, meio anti-estética.
Como fetiche, posso usar touca de lã, pantufas e cachecóis coloridos.
Outra vantagem: Já tenho "Parkinson" o que ajuda muito nas preliminares.
Total discrição, pois o "Alzheimer" me faz esquecer tudo que fiz na noite anterior."
Só abandona os seus idosos quem não os ama.
Para muitos a velhice é um fardo pesado, os familiares não têm paciência e, principalmente, amor para com o idoso que está ao seu lado.
São sempre reclamações e insatisfações, às vezes até mesmo agressão.
Mas você parou para pensar em como o idoso se sente?
São os seus movimentos que vão ficando lentos, ele não consegue correr, na maioria das vezes o seu caminhar é difícil, ele não pode ir aonde seus pés gostariam. É nesse momento que ele precisaria que outros andassem por ele e, assim, poderia ir e vir para onde quisesse.
Os seus ouvidos não conseguem ouvir como antes e aqueles que o rodeiam não têm a paciência de falar pausadamente, mais alto ou mesmo repetir.
Ele gostaria muito de ouvir o que vocês falam, de saber o que está acontecendo tanto com vocês quanto com o mundo, pois continua sendo gente que pensa e sonha.
A sua voz, agora cansada pelos anos, quer falar de um tempo que se perdeu, que está distante, falar de experiências, lembranças, solidão, de falta de carinho, de amor.
Dar conselho ou simplesmente falar e ter alguém para ouvir. Mas aqueles que o rodeiam não têm tempo, paciência de ouvir, pois os tempos são outros e de nada serviria a conversa com um velho.
É a era do computador, da tecnologia, as coisas andam rápidas demais, não há tempo a perder.
E os cabelos foram sendo tingidos de branco, pelo tempo.
Cuide dos seus velhinhos porque um dia nós também vamos precisar de cuidados.
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Laura B. Martins
VACINA ANTI-TETÂNICA
Um septuagenário veste o casaco preparando-se para sair de casa.
A mulher, sentada em frente à televisão, pergunta-lhe:
- Onde é que vais?
- Vou ao médico -responde ele.
- Porquê? Estás doente?
- Não. Vou ver se ele me receita Viagra.
A mulher, levanta-se da cadeira de baloiço, e vai também buscar o casaco.
Ele pergunta-lhe:
- E tu onde é que vais?
- Vou também ao médico.
- Porquê?
- Se vais começar a usar uma coisa enferrujada, acho melhor ir vacinar-me contra o tétano...
VELHINHO RECÉM-NASCIDO
Dois amigos velhinhos estão sentados no banco de uma praça e começam a conversar:
- Macedo, eu tenho 83 anos e estou cheio de dores e problemas. Você deve ter mais ou menos a minha idade. Como é que você se sente?
- Como um recém-nascido.
- Como um recém-nascido?
- É isso mesmo. Sem cabelo, sem dentes e acho que acabei de mijar nas calças.
VELHINHAS
Duas velhinhas bem velhinhas estão jogando sua canastra semanal.
Uma delas olha para a outra e diz:
Por favor, não me leve a mal. Nós somos amigas há tanto tempo e agora eu não consigo me lembrar do seu nome, veja só a minha cabeça. Qual é o seu nome, querida?
A outra olha fixamente para amiga, por uns dois minutos, coça a testa e diz:
Você precisa dessa informação para quando?
VELHINHAS ESCLEROSADAS
Três senhoras muito velhinhas se reúnem para o chá da tarde.
Puxa, acho que estou ficando esclerosada - comenta uma delas. Ontem eu me peguei com a vassoura na mão e não me lembrava se já tinha varrido a casa ou não.
Isso não é nada - diz a outra. - Outro dia eu me vi de pé, ao lado da cama, de camisola, e não sabia se tinha acabado de acordar ou estava me preparando para dormir.
Cruz credo - fez a terceira. - Deus me livre ficar assim! Isola!
E deu três batidinhas na mesa: toc-toc-toc.
Olhou para a cara das outras e emendou:
Esperem um pouco que eu já volto! Tem gente batendo na porta!...
DIVERTIMENTO
Pessoas no activo perguntam frequentemente aos reformados o que fazem para se divertirem.
Bem, por exemplo, aqui há uns dias eu fui à cidade e entrei numa loja.
Estive lá apenas uns minutos e, quando saí, vi um polícia a passar uma multa de estacionamento.
Dirigi-me a ele e disse-lhe,
"E que tal deixar em paz um cidadão na terceira idade?"
Ele ignorou-me e continuou a passar a multa.
Então chamei-lhe chato.
Olhou-me e começou a passar outra multa por causa dum pneu careca.
Então chamei-lhe qualquer coisa pior.
Ele acabou de escrever a segunda multa e pô-la no pára-brisas com a primeira.
Logo de seguida, começou a escrever uma terceira multa.
Isto arrastou-se perto de 20 minutos.
Quanto mais eu me metia com ele, mais multas ele passava.
Pessoalmente, tanto se me dá. Eu até vou sempre de autocarro para a cidade.
Procuro é divertir-me um pouco, agora que estou reformado. Isso é importante na minha idade.
Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos;e ter
energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida, viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança, vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores, entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.
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Mário Quintana
Eu queria ser criança outra vez.
Não pra brincar,
Porque brincar eu brinco até hoje...
Mas para acreditar no Governo.
E todavia, sinceramente,
Eu não queria ser a criança de hoje.
Não queria saber o que ela sabe,
Não queria entender o que ela entende...
Por isto vos peço, Senhor,
Para o final dos meus dias
O final da minha lucidez.
Dai-me, Senhor,
Como se fosse um brinquedo,
Uma caduquice feliz.
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Ana Suzuki
Prometer, ao idoso, uma visita e não cumprir, nunca deve ser feito;
porque ele já não dorme, só dormita, e conta as horas, os minutos, satisfeito.
O idoso, na data, não se esquece. Espera d'olhos inquietos, ansioso;
achando-se querido, acontece, na solidão dos outros ser vaidoso.
Aguarda o idoso que o visitem, inconstante, nervoso e distraído.
Quero que pensem nisto e acreditem: se lhe faltam, julga-se já esquecido.
E fala, o idoso, uma semana, das promessas que ouviu e registou.
Não sabem, quando falham: desumana é a dor que mais um pouco o matou.
Parecerá, ao filho ajuizado, que em colmatar de vida, tão espinhudo,
num lar está o idoso bem cuidado porque não falta nada... E falta tudo!
Faz contas ao passado e ao presente; sobre o futuro só se desincentivou.
Fala o idoso, apenas, do antigamente: tudo aquilo que fez, de quanto amou.
Idosos!... São o espelho duma vida que a mim pareceu longa, quando nova.
Após a meia idade, convencida que a sociedade, idosos, não aprova.
Idosos, ao ataque, com ardor! Unidos, venceremos esta luta!
Da família, queremos muito amor! Não merecemos ser os filhos da disputa'!
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10/04/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
26/06/2005 (já tem um tempinho mas ainda se lê bem como actual, não?)
E andámos por aí a dizer que um dos problemas deste país era não dar importância aos seus velhos, que não cuidava deles, que eram excluídos, etc...
Agora leiam isto... E vejam lá se não é mesmo a República das Bananas.
Vale a pena ser idoso em Portugal!
PARAÍSO DOS REFORMADOS
Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas ou na Oceânia: nas políticas sociais de integração e valorização dos reformados. Aí estamos na vanguarda, mas muito na vanguarda. De acordo, aliás, com estes novos tempos, em que a esperança de vida é maior e, portanto, não devem ser postas na prateleira pessoas ainda com tanto a dar à sociedade.
Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos!
Ora veja-se:
o nosso Presidente da República é um reformado; o nosso mais "mortinho por ser" candidato a Presidente da República é um reformado; o nosso ministro das Finanças é um reformado; o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado; o ministro das Obras Públicas é um reformado; gestores ilustres e activíssimos como Mira Amaral (lembram-se?...) são reformados; o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado; entre os autarcas, garantiu-o o presidente da ANMP, há "centenas, se não milhares" de reformados; o presidente do Governo Regional da Madeira é, entre muitas outras coisas que a decência não me permite escrever aqui, um reformado; e assim por diante...
Digam-me lá qual é o país da Europa que dá tanto e tão bom emprego a reformados, que valoriza os seus quadros independentemente de já estarem a ganhar uma pensãozita, que combate a exclusão e valoriza a experiência dos mais (ou menos...) velhos!
Ao menos neste domínio, ninguém faz melhor que nós.
Ainda hão-de vir todos copiar este nosso tão generoso "Estado social"...
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Joaquim Fidalgo - Jornalista
PORTUGALCLUB
A gente, ser animado, de bem com a vida é um dom, que faz com que a pessoa viva melhor...
...no bloco QUE MERDA É ESSA?, domingo de Carnaval em Ipanema, chamou a atenção de todos, uma senhora que brincava sem parar...
Bem vestida, bem penteada,maquiada de acordo com a idade, estava com uma acompanhante que vendo nossa admiração, contou que ela tem 102 anos, que é animadíssima e que com sua bengala não perde nenhuma chance de se divertir.
A foto não saiu muito boa, mas achei muito legal...
Tomara que eu chegue lá, dessa maneira...
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repassado por uma amiga brasileira
Infelizmente a falta de respeito, principalmente para com os mais velhos é um facto.
É lamentável, mas é um facto.
São filhos que menosprezam os pais porque envelheceram.
São netos que desprezam ostensivamente os avós, porque envelheceram mais ainda.
E, principalmente, jovens que, por serem jovens se acham no direito de menosprezar os idosos que encontram pela frente, com atitudes debochadas, ridicularizando certas deficiências que esses idosos, por vezes, tem para sua locomoção.
Um facto que me revoltou, foi ver um garoto, de seus 17, 18 anos, tremendamente chateado porque "tinha que acompanhar aquele velho chato (seu avô), pois esse inútil não é capaz nem de andar sozinho".
Não aguentei tal comentário. Pedi ao "velho chato" que sentasse um pouquinho num banco do jardim da praia, catei o garoto pelo braço e simplesmente perguntei a ele, quantas vezes é que seu avô o havia pegado pela mão para ensiná-lo a andar quando era pequeno.
Lembrei ao infeliz que se todos o tivessem desprezado "porque ele não era capaz de andar sozinho", possivelmente estaria engatinhando até hoje.
Quanto ao fato de ter nojo "do velho" porque ele não mais conseguia controlar suas necessidades fisiológicas, procurei lembrá-lo de que, quando bebé, também ele foi trocado um sem número de vezes, possivelmente pelo próprio avô, pois ele não conseguia controlar suas necessidades. O garoto tentou defender-se dizendo que era diferente, pois ele era criança e precisava ser ajudado.
Fiz o moleque ver e entender que, muito mais do que uma criança, um velho incapaz merece ser ajudado, e muito, pelo tanto que já fez pela família, pela comunidade, por todos, enfim.
Acredito que talvez uma pequena luz tenha entrado na cabecinha daquele infeliz, principalmente quando eu o fiz ver que, com sorte, ele também iria chegar nesse ponto de voltar a precisar dos outros até para as menores necessidades e o que ele preferiria encontrar: se quem lhe estendesse a mão para ajudar, ou quem o empurrasse para cair mais depressa.
Pessoas como esse rapaz precisam entender que até mesmo os velhos que só estão "ocupando espaço", que é como eles gostam de definir, merecem todo o respeito e toda a consideração, mais ainda do que os outros plenamente capazes, pois já viveram e trabalharam muito. Fizeram sua parte.
E já que nossas autoridades não são capazes de proporcionar um fim digno para quem tanto já fez, pelo menos aqueles que têm condições de dar um amparo e, principalmente os familiares que tanto já usufruíram seu trabalho, devem se sentir, não na obrigação, mas no dever de fazer alguma coisa por eles.
Hoje, além de defender os direitos de quem já chegou lá, estou trabalhando também em causa própria, pois já estou chegando lá também.
Espero que filhos, netos e demais, entendam a indirecta...
Sacaram crianças ?
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10/02/2005
Marcial Salaverry
(foto da minha neta Beatriz na área de trabalho do computador)
Meus amigos,
Não fiquem tão impressionados com a minha decisão de cuidar de um bebê. As coisas são muito simples. Se Tadao ou eu, um de nós adoecer, Beatriz vai para um berçário. Se tivermos saúde, vamos cuidar dela o dia todo, porém a noite é nossa, o sábado e o domingo também. Férias dos pais são férias nossas. Neto não é como filho, compromisso em tempo integral.
Cientistas fizeram uma pesquisa para saber por que a natureza, tão interessada na procriação, permite que machos e fêmeas sobrevivam à perda de sua fertilidade. A única razão plausível que encontraram foi - avós sobrevivem para ajudar os filhos a cuidarem de seus filhotes.
Claro que, entre os humanos, a regra nem sempre se aplica. Mas num caso como o nosso, um casal de aposentados, aposentadérrimos, por que não? Nesta vida já tive babás, empregadas, faxineiras, porque meu filho era doente. Se Beatriz mantiver a saúde que tem, podemos dispensar ajuda e continuar magrelos.
Enfim, posso dizer apropriadamente que estou "meio grávida". É esperar para ver como se comporta o bebê. Por enquanto não dá. A mãe morre de ciúmes e a neta pensa que sou apenas fotógrafa e palhaça.
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15/03/2007
Ana Suzuki
A minha amiga brasileira Ana Suzuki vai ser avó e comporta-se como se fosse ter filho.
Está tão entusiasmada que nos escreve assim:
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From: Ana Suzuki
Meus amigos
Meu quarto já está virando quarto de bebê. Tem até bercinho, que ainda é cedo pra montar.
Fiz uns quadrinhos de feltro.
Fiz outros com jeans no fundo.
Comprei uma bonequinha e um porta-tudo.
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21/10/2006
Ana Suzuki
NOTA:
Ternuras de avó! Interessante, não acham?
Que saudades para quem tem os netos já crescidos. Lembram-se?
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Laura B. Martins
Isto é para nós, nascidos entre 1950 e 1970. Remanescentes da idade de ouro. Se vc não nasceu nestas épocas - antes ou depois - não importa, leia e sinta a diferença!
Não posso acreditar que fizemos isso...!!!
Olhando para trás, é duro acreditar que estejamos vivos até hoje.
Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air bag. Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em vidros de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que pedíamos carona.
Bebíamos água direto da mangueira e nos riachos, e não da garrafa, ou em copos descartáveis. Nós gastamos horas construindo nossos carrinhos de rolimã para descer ladeira abaixo, e só então descobríamos que tínhamos esquecido dos freios. Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema.
Saíamos de casa pela manhã e brincávamos o dia inteiro, só voltando quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém podia nos localizar. Não havia telefone celular. Nós quebramos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados. Eram acidentes. Ninguém para culpar e processar, só a nós mesmos.
Nós tivemos brigas e esmurramos uns aos outros e aprendemos a superar isto. A amizade continuava a mesma... Nós comemos doces e bebemos refrigerantes, mas não éramos obesos. Estávamos sempre ao ar livre, correndo e brincando. Compartilhamos garrafas de refrigerante, e ninguém morreu por causa disso.
Não tivemos Playstations, Nintendo 64, vídeo games, 99 canais a cabo, filmes em vídeo, surround sound, celular, computadores ou Internet.
Nós tivemos amigos. Nós saíamos, e os encontrávamos. Íamos de bicicleta ou caminhávamos até a casa deles e batíamos à porta. Imagine tal coisa!
Sem pedir permissão aos pais... por nós mesmos! Lá fora, no mundo cruel!
Sem nenhum responsável! Como fizemos isso? Nós corremos, brincamos e inventamos jogos com varas e bolas improvisadas, apanhamos do chão e comemos frutas caídas e, embora nos tenham dito que aconteceria, nunca passamos mal, ou tivemos dor-de-barriga para sempre, ou uma contaminação fatal!
Nos jogos da escola, nem todo o mundo fazia parte do time. Os que não fizeram, tiveram que aprender a lidar com a frustração... Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros. Eles repetiam o ano... Que horror! Não inventavam testes extras nem aprovação automática.
Éramos responsáveis por nossas ações e arcávamos com as conseqüências.
Não havia ninguém que pudesse resolver por nós.
A idéia de um pai nos protegendo, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Nossos pais protegiam mais as leis do que a nós!
Imagine!
Nossa geração produziu alguns dos melhores enfrentadores de risco, negociadores de soluções, criadores e inventores!
Os últimos 50 anos foram uma explosão descomunal de inovações e novas idéias. Foi o esplendor da criatividade humana... Foi a verdadeira Renascença da humanidade! Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com tudo isso... a VIVER, enfim!
Você é um deles. Parabéns! Repasse isto para outros que tiveram a sorte de crescer como crianças...
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Artigo recebido via Internet, s/autoria
1 - Os sequestradores não se interessam mais por você.
2 - De um grupo de reféns, provavelmente será uma das Primeiras a ser libertada.
3 - As pessoas lhe telefonam às nove da manhã e perguntam: "te acordei?"
4 - Ninguém mais a considera hipocondríaca.
5 - As coisas que comprar agora não chegarão a ficar velhas.
6 - Você pode, numa boa, jantar às seis da tarde.
7 - Você pode viver sem sexo, mas não sem os óculos.
8 - Você curte ouvir histórias das cirurgias dos outros.
9 - Você discute apaixonadamente sobre planos de Aposentadoria. Apesar de que, já me aposentei!
10 - Você dá uma festa e os vizinhos nem percebem.
11 - Você deixa de pensar nos limites de velocidade como um desafio.
12 - Você pára de tentar manter a barriga encolhida, não importa quem entre na sala.
13 - Você cantarola junto com a música do elevador.
14 - A sua visão não vai piorar muito mais.
15 - O seu investimento em planos de saúde finalmente começa a valer a pena.
16 - As suas articulações passam a ser mais confiáveis do que o serviço de meteorologia.
17 - Seus segredos passam a estar bem guardados com seus amigos, porque eles os esquecem.
18 - Você não consegue se lembrar quem foi que lhe mandou esta lista.
19 - Seu marido diz "vamos subir e fazer amor", e você responde: "escolha uma coisa ou outra, não vou conseguir fazer as duas!".
20 - Você não quer nem saber onde seu marido vai, contanto que não tenha que ir junto.
21 - Você é avisada para ir devagar pelo médico e não pelo policial.
22 - "Funcionou" significa que você hoje não precisa ingerir fibras.
23 - "Que sorte!" significa que você encontrou seu carro no estacionamento.
24 - "Uma noite e tanto" significa que você não teve que se levantar para fazer xixi.......
IDOSOS DA ASSSOCIAÇÃO ALIANÇA DOS CEGOS
com sede na Rua 24 de Maio, nº 47 - RJ (prox.estação de São Fco Xavier)
Tel: 2502-4632 / 2273-3052, estão passando por uma situação bem precária.
Meus amigos/as
Estou reencaminhando para todos os endereços, este apelo.
Infelizmente ainda acontece, com os nossos velhinhos de hoje, viverem abandonados por aqueles, a quem um dia deram o ser, passaram necessidades, derramaram lágrimas, suaram para auferir o alimento, para que nada faltasse ao seu filhinho/a, e hoje vêm-se abandonados...
Jogado fora sem amor, será o seu resgate cármico, mas ai daqueles que fazem seus pais velhinhos sofrerem desta maneira. Pobres espíritos!!!
E como eu AMO esta gente velhinha...Ontem dia de Sto António, peguei o meu veiculo, mais 9 elementos do meu Grupo Coral, fomos cantar voluntariamente para os velhinhos de um lar de idosos. Chegamos de surpresa, eis que foi uma tarde deliciosa...
Vi os seus olhitos sofredores, se alegrarem, chorarem de emoção.
Cantaram, contaram anedotas (piadinhas).
Beijei, beijei muito seus rostos doloridos. Pedem sempre para voltar.
Estou emocionada vivendo as suas angústias.
Como pode o mundo viver feliz, quando nos desligamos abandonando,
a nossa família, os filhos do nosso Pai/ Mãe/ Criador!?
Obrigada a todos que leram estes testemunhos, não deletando, sem passarem aos vossos contactos, para ajuda a estes irmãos necessitados e carentes.
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15/06/2007
Suzette Duarte
" Quem semeia amor...recebe luz"
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Bom dia amigos!
E aí? Você acha que o vermelho combina com o lilás?
Lindo amanhecer! Cheio de Luz, não é verdade?
Que bom que nós podemos enxergar a Natureza e tudo de maravilhoso que o Pai nos oferece...
Meus irmãos, eles, os cegos, não podem! Mas você, nós podemos ajudar, mesmo que seja apenas repassando esta mensagem. Alguém certamente estará aguardando uma oportunidade dessas para ajudar.
Faça isso, repasse este e-mail e Deus te abençoará por esse acto de amor!
Projeto 1868
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Caros amigos e amigas,
Por favor divulguem esse texto:
Os IDOSOS da Associação Aliança dos Cegos,
com sede na Rua 24 de Maio, número 47 (prox. estação de São Fco Xavier) RJ
Tel.: 2502-4632 / 2273-3052, estão passando por uma situação bem precária...
Em 22.05.2007 só tinham café como refeição matinal.
São velhinhos cegos, abandonados pela família, num total de 62 senhores.
Quem puder ajudar...
NÃO É PARA DOAR DINHEIRO.
A Associação abriga 62 homens idosos, que diante da idade não conseguem mais fabricar vassouras, que com as vendas os sustentavam, passando por dificuldades, tendo inclusive o prédio que os abriga penhorado pela Caixa Econômica Federal que os ameaça de despejo, mas já foi feita reportagem noDIA para ser revertida esta situação.
Necessitam:
FEIJÃO, ARROZ, MACARRÃO, FUBÁ, ÓLEO, SAL, AÇÚCAR, LEITE EM PÓ(para tomarem os remédios), AVEIA, ACHOCOLATADOS, BISCOITOS, FRUTAS,LEGUMES, VERDURAS, MATERIAL DE HIGIENE E LIMPEZA (sabonetes/pasta de dentes/escova de dentes/ presto barba/desinfectante/cloro/papel higiênico/sabãoem pó), COBERTORES, ROUPA DE CAMA, TOALHA DE BANHO, ROUPAS p/FRIO(casacos/meias/calça comprida)
Se não puder ajudar, divulgue. Alguém poderá.
Por favor repassem esta mensagem para outras pessoas!
"O único poder que constrói um mundo de Paz, é o Amor".
AVÓ PREVENIDA
Dona Berta tinha 80 anos.
O médico que a tratara por quase toda sua vida havia se aposentado e fora substituído por outro.
Na consulta seguinte, o novo médico pediu para Dona Berta a lista dos medicamentos que lhe haviam sido receitados.
Quando o jovem médico revisava a lista, engasgou.
- Dona Berta, sabe que estas são PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS?
- Sim doutor, elas me ajudam a dormir.
- Dona Berta, lhe afirmo que não há ABSOLUTAMENTE NADA nestas pílulas que façam uma pessoa dormir!
A velhinha deu um sorriso e disse:
- Sim, eu sei. Mas todas as manhãs dissolvo uma pílula no suco de laranja que minha neta de 16 anos toma...
E assim durmo todas as noites bem sossegada!
QUE BOM TER IRMÂS
Toda sexta , as 20:00 hs uma senhora idosa chegava a um bar, e pedia 3 conhaques para o garção,
os 3 ao mesmo tempo.
Tomava um, outro, o terceiro, pagava a conta, levantava-se e ia embora.
Toda sexta era assim. Sempre as 20:00 hs.
Uma bela sexta o garção, já intrigado com aquilo, perguntou para a senhora:
- Desculpe minha curiosidade, mas porque é que a senhora toma 3 conhaques toda sexta no mesmo horário?
Resposta: - Porque tenho 2 irmãs, e cada uma de nós mora longe.
Assim, toda sexta, as 20:00 hs, cada uma de nós entra num um bar e pede os 3 conhaques.
Tomamos um por cada uma de nós. É o nosso modo de manter contacto e pensarmos umas nas outras...
Uma bela sexta, a idosa entra no bar e o garção pergunta:
- Três conhaques, como sempre?
Resposta: - Não. Apenas dois.
O garção gela. Uma das irmãs dela morreu, pensa.
Meio sem jeito, traz 2 conhaques e pergunta:
- Desculpe minha senhora, mas... como sempre são 3 conhaques... Aconteceu alguma coisa com alguma irmã sua, alguma morreu?
E a senhora, rápida:
- Não, estão todas bem... é que eu parei de beber!
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO
Aos 85 anos de idade, Morris se casou com Ana, de 25.
Devido ao marido tão idoso, ela decide que deverão dormir em quartos separados.
Terminada a festa do casamento, cada um vai para seu quarto.
Ana se prepara para deitar, quando ouve batidas fortes na porta. As batidas insistem.
Ao abrir a porta ela se depara com Morris, com seus 85 anos, pronto para a acção.
Tudo corre bem e após uma relação quente e vigorosa, Morris despede-se e vai para seu quarto.
Passados alguns minutos, Ana ouve novas batidas na porta do quarto... é Morris, novamente pronto para a acção. Ela se surpreende, mas deixa-o entrar.
Terminada a relação, Morris beija-a carinhoso e despede-se, indo para seu quarto.
Ana se prepara para dormir novamente quando escuta fortes batidas na porta.
Espantada, Ana abre e se depara com Morris, mais do que pronto para a acção, com aspecto vigoroso e renovado.
Ela diz:
- Estou impressionada que em sua idade possa repetir a relação com esta frequência. Já estive com homens com um terço de sua idade e eles se contentavam apenas com uma vez. Você, é um grande amante!
Desconcertado, ele pergunta:
- Eu já estive aqui antes?
Moral da história:
"A velhice não deve assustar, pois o Alzheimer tem suas vantagens!"
(Como ultrapassar os 100 anos)
Em polonês, "STO LAT" é uma forma de cumprimento bastante comum e significa "que você viva cem anos! ".
Desejar vida longa e próspera a alguém é uma das saudações mais bonitas que você pode fazer.
Em teoria, quanto mais vivemos, maiores serão nossas chances de sucesso e felicidade.
A longevidade também é uma maneira indirecta de medir a qualidade de vida de um povo: apesar de todas as suas riquezas e monumentos, no Egipto de 1.000 a.C. poucos ultrapassavam os 30 anos de idade.
Por volta da época de Cristo, a expectativa de vida havia melhorado pouca coisa: os homens viviam 45 anos em média e as mulheres, 36. Uma lástima.
Mas avançamos muito. Às portas do século XXI, o cidadão comum passou a viver uma média de 75 anos - o equivalente a 2 antigos egípcios e meio!
Um tremendo salto de qualidade.
Mais que isto: nos últimos 40 anos, o número de pessoas com 100 anos de idade ou mais aumentou 1.000%.
Calcula-se que uma de cada 50 mulheres e um de cada 200 homens vivos hoje chegarão ao centenário.
E os cientistas dizem que é apenas o começo, pois temos potencial biológico para viver ainda mais, até os 130-150 anos de idade.
Então qual será o segredo?
Como fazer parte desta estatística e comemorar um super centenário sendo capaz de amarrar os próprios atacadores (se é que irão existir atacadores até lá)?
Inúmeros centros de pesquisa em todo o Mundo vêm se debruçando sobre o assunto, com algumas conclusões em comum.
Dentre várias, seleccionei 05 medidas essenciais para você envelhecer com saúde:
1º - RESPEITE SEU ESTÔMAGO
O ditado "o peixe morre pela boca" também pode ser aplicado aos mamíferos. O alimento é o combustível do corpo. Cuide bem do seu motor, e ele lhe garantirá uma viagem longa e tranquila. Por exemplo: 70% do colesterol presente no seu organismo são produzidos por você mesmo, principalmente pelo seu fígado. Seguir uma dieta capaz de reduzir os níveis de colesterol é tão importante quanto levar uma dieta pobre em gorduras. Quer outro exemplo? A qualidade da dieta influencia o risco de desenvolver vários tipos de câncer - e os tumores malignos são uma das principais causas de óbito na Terceira Idade. Leve isto em conta quando estiver escolhendo um Plano de Previdência Privada.
2º - RESPEITE SUA HIDRATAÇÃO
Um ser humano é pouco mais que um saco plástico contendo cerca de 40 litros de líquido viscoso e 20 quilos de miúdos secos. A água corresponde a 60% do seu peso . Assim como o radiador do seu carro, você precisa manter o nível de água dentro do ideal, sob o risco de ferver e ter de interromper a viagem antes do previsto. Mas atenção: não inclua bebidas alcoólicas na lista de líquidos preferenciais para hidratação. Ao invés disso, abuse da água potável e dos sucos de frutas naturais.
3º - RESPEITE SEU CÉREBRO
Considere o cérebro como o se fosse o "músculo" mais eficiente do seu corpo. Não o deixe atrofiar por falta de exercícios! Procure estar à volta com actividades que estimulem o raciocínio, desde jogos de memória até equações de física quântica. À noite, premie o esforço dos neurónios com sono de boa qualidade.
4º - RESPEITE SEUS OSSOS
Para cada 1 hora de exercícios regulares, você adiciona 3 horas à sua vida. É uma boa troca, não? Mas nada de exageros: para subir uma escada aos 80 ou levantar-se da cadeira aos 90, você precisará de ossos flexíveis. Na Terceira Idade, um esqueleto estável é mais importante que braços definidos ou um abdomen tanquinho. Respeite seus ossos fazendo alongamentos pelo menos duas vezes por semana e obedecendo aos limites de velocidade no trânsito.
5 º - PROCURE UM SENTIDO
Envelhecer significa livrar-se de alguns pesos. Filhos, contas, emprego, responsabilidades... muita coisa sai de cima dos seus ombros. Mas uma carga menor também pode significar um sentido menor para a vida. Essa é uma armadilha comum. A resposta é procurar sempre um novo lugar, uma nova perspectiva existencial. Como disse John Barrymore, "só envelhecemos de verdade quando começamos a trocar nossos sonhos por arrependimentos". Portanto: Aposentou-se? Assuma riscos diferentes, reinvente desafios, volte a estudar, compre um animal de estimação, participe de grupos de leitura, desempenhe trabalhos voluntários (que tal leccionar para crianças carentes?). Separou ou enviuvou? Viaje, faça aulas de dança, conheça pessoas e comece a namorar novamente. Certamente existem aventuras neste mundo que você gostaria de fazer e ainda não fez. Se não forem contra a Lei, faça-as imediatamente!
Então, abraços e "STO LAT"
"As rugas devem indicar apenas onde os sorrisos estiveram"! Mark Twain
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25/07/2007
Dr. Alessandro Loiola
Cuidado com idoso merecerá cada vez mais destaque
Em 2030, um quinto da população terá mais de 65 anos. O cuidado com o idoso, mais do que nunca, merecerá lugar de destaque. Desde já, no entanto, alguns aspectos peculiares da atenção à saúde do paciente idoso são alvo de reflexão contínua por parte dos especialistas. A cronicidade das doenças e a deterioração do quadro de saúde na terceira idade devem ser abordados com muito cuidado, porque pequenos erros podem levar a uma espiral descendente que em pouco tempo pode levar um idoso razoavelmente saudável à morte. Em artigo publicado na revista virtual da Associação Médica Norte-Americana, American Medical News, geriatras alertam para as causas de erro mais comuns no cuidado com o idoso. Nessa população, quedas são comuns (1 em cada 3 idosos cai com freqüência), a depressão afeta grande parte dos pacientes e 50 em cada 1000 indivíduos experimentam reações adversas sérias a drogas.
Fonte: American Medical News, Jan. 3/10, 2005
http://www.ama-assn.org/amednews/2005/01/03/hlsa0103.htmhttp://www.ama-assn.org/amednews/2005/01/03/hlsa0103.htm
Sinh'Ana é uma velhota quitandeira,
Comadre e amiga desta vila inteira,
Rica nos anos, rija na saúde
Que vive toscamente ao pé da estrada,
Numa casinha, simples e barreada,
Dum pitoresco delicioso e rude.
Ah! Quanta vez, nessas manhãs vermelhas,
Cheias de aromas, de canções, de abelhas,
Nós dois, numa travessa caminhada,
Não vínhamos ali que bom passeio!
Ver a frescura, a paz, o casto asseio,
Da humilde casinhola ao pé da estrada!
E quanta vez também (que acção profana!)
Doirávamos a toca de Sinh'Ana,
Com beijos e carícias romanescas,
Enquanto a velha, a cândida velhinha,
Voltando ingenuamente da cozinha,
Trazia um prato de broinhas frescas...
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Paulo Setúbal
Paulo Setúbal de
Oliveira, advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista, nasceu em Tatuí
(SP) no dia 10 de janeiro de 1893. Formou-se em Direito em 1914, época em que
já havia publicado seu primeiro poema no jornal paulista “A Tarde”. Seu
primeiro livro de poesias, “Alma Cabocla”, foi publicado em 1920. Desde então,
escreveu diversos romances históricos e, a partir de 1926, trabalhou como
colaborador do jornal “O Estado de São Paulo”. Foi eleito deputado estadual
(1928 / 1930), mas teve que renunciar a seu mandato por problemas de saúde
(tuberculose). Em 06 de dezembro de 1934 foi eleito membro da Academia
Brasileira de Letras, tendo sido recebido em 27 de julho de 1935.
O escritor faleceu em São Paulo (SP) no dia 04
de maio de 1937.
Nunca, ao domingo!
Quantas de nós gostaríamos que chegasse um domingo assim?
Paz e sossego no domingo!
Isso é que era bom!
Quando não vêm os filhos encrencar com pedidos, e achando que a gente é que não entende nada se dizemos não... quando estamos em desacordo com ideias malucas, do alto dos nossos 50/60/70 anos (?)...
Quando se quebra a rotina de tratar da casa no silêncio interrompido pelo ladrar do cão, o miar do gato ou os pássaros no jardim? Ao domingo!
Tem dois melros que vêm todos os dias dar os bons dias e cantar para mim... em biquinhos de patas!!!!!!!!!!!!
Tem verdilhões pousados no chorão que me miram espantados quando, imóvel, na janela os aprecio. Depois, seguem a sua vidinha aos saltinhos, de ramo em ramo, achando que sou inofensiva! Mas não ao domingo!
Ao domingo estão espavoridos com o desassossego; fogem para as árvores do vizinho que saiu com a família a passeio e almoça fora!
Ter a minha cabeça repousada e pronta para fazer tudo num dia só!? Ná!!!!!!!!! Ao meu ritmo, sim!
Ah! Como a solidão e a idade podem ser benéficas, se bem aproveitadas!
E como as idades mais avançadas poderiam desfrutar dela... se não enveredassem pelo caminho de incomodar a família e o mundo todo para vir acompanhá-los, passar o dia com eles!
A cada um a sua vida no seu tempo! A deles e a nossa!
Convenhamos que temos diferentes anseios!
É tempo de ficarmos sós connosco! Difícil? Não! É uma questão de prática!
Pratiquemos a n/própria companhia! Falemos connosco e vejamos quais as respostas!
Façamos o que fizermos, sejamos bons ou maus, agradáveis ou não, a realidade é que única pessoa que, haja o que houver, sempre nos acompanhará e estará do n/lado, somos nós mesmos.
Precisamos apreciar a n/própria companhia! Afinal
a única pessoa que nos atura a tempo inteiro e que sempre vemos no espelho
somos nós próprios!
É tempo de fazermos o que gostamos e, para isso, já temos tempo disponível. Saibamos aproveitá-lo!
Quero fazer o almoço só para mim; aproveito fazer um pouco mais para amanhã também! rsssss
O jantar? Sem problemas: um pouco de sopa, uma peça de fruta - et voilà!
Quero terminar este trabalho sem olhar para o relógio: são horas de ir fazer o jantar, de chegar o, a... sei lá quem mais? De passar a roupa, de lavar os pratos!...
Não! Agora não, porque vou terminar isto sem que alguém me incomode e sem ver as horas.
A TV fechada (as noticias são imprestáveis e deixam-me o coração descompassado, negro de tristeza pelo mundo moderno).
O rádio fechado também, talvez só um disco calmo, lento, duma música antiga... das que eu tanto gosto! (eu gosto, mas já ninguém gosta - só eu e os da minha geração!
As raras visitas dos familiares e amigos servirão, então, para podermos apreciá-las na devida conta e momento oportuno. Tudo no seu tempo próprio: «conta, peso, medida»!
Quando os filhos, netos e amigos desandam... a cabeça dorida pela confusão, e até um certo cansaço... a loiça suja no lava-loiça, um pouco de desarrumação fora do habitual... quero deitar na minha cama, sozinha; ler um pouco e adormecer em paz comigo, e com a vida.
Talvez, antes, monologar um pouco com Deus: pedir que a mudança de estação seja benigna, porque os meus ossos são um barómetro demasiado exacto.
Agradecer por mais um dia de vida e pedir... sim, pedir com veemência que se a minha hora estiver prestes a chegar, então que seja dormindo.
Posso até brincar com Deus. Contar a piada do homem que sempre pedia isso mesmo e, um dia: quando acordou estava morto!
Assim eu gostaria, também, de não ter problemas, não os causar aos familiares nem ficar na dependência de ninguém!
O tempo de ruídos, vozes e barafunda passou, Graças a Deus! Agora, só eu e Deus!
Assim fosse!
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(qualquer data serve)
Laura B. Martins
NOTA:
Uma amiga respondeu-me o seguinte:
Vc faz lembrar minha valente mãe, que deixou bem claro:
Vamos decidir agora se vocês me visitam por amor ou por interesses próprios.
Se for por amor, por favor venham depois do almoço, de barriga bem cheia, pra não me dar trabalho à toa."
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Ana Suzuki
(Envelhecemos como vivemos)
A idade refina o ser humano;
define, exagerando, o intelecto.
Quem era extrovertido, espalha brasas...
não passará decerto, a ser discreto.
Aqueles que, durante a vida toda,
viveram inactivos, preguiçosos...
é certo na velhice se encolherem;
e ficarem parados, ociosos.
Outros, de tão nervosos fura-vidas,
que trabalharam duro a vida inteira...
não envelhecem quietos; mesmo que
um acidente os amarre a uma cadeira.
Ainda há uns outros que pensavam
ser a vida sem regras, ilusões,
e a culpam. Não encontram que fazer...
envelhecendo absortos e podões.
Quem sempre achou um modo de viver
enquanto, distraído, produzia...
decerto, vai ter um envelhecer
a trabalhar; fazendo o que fazia.
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5/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Ninguém sabe muito bem definir o que seja "meia idade".
Costumamos chamar assim pessoas na faixa dos 50 anos.
Dos 50? Meia idade?
NÃO SEI, NÃO. AFINAL, NÃO TEM MUITA GENTE DE 100 ANOS,QUE SERIA UMA IDADE
INTEIRA, PRA QUE A GENTE ENTENDA QUE 50 É A METADE.
De qualquer forma, Meia Idade é um estado de espírito, em que Mick Jagger se recusa a chegar, mesmo já passando dos sessenta e Paul McCartney já tinha atingido aos 25.
Aí vão algumas dicas, pra você saber se está ou não na Meia Idade, não importa quantos anos você tenha.
VOCÊ SABE QUE ESTÁ NA MEIA IDADE QUANDO:
Gosta mais do Outono que do Verão.
Viaja todo ano pro mesmo lugar.
Começa a preferir o restaurante tradicional em vez do MacDonald's.
Prefere a montanha à praia.
Consegue entender a letra de "Love is a many splender thing".
Seus artistas favoritos têm mais de 20 anos de carreira.
Não estranha nem se aborrece quando alguém jovem e atraente chama você "tio"ou "tia".
Prefere o piano à guitarra eléctrica.
Prefere ver um filme, com o ar condicionado no máximo do que ir à discoteca.
Sente dor no ouvido quando escuta música de nova vaga.
Prefere ir à praia depois das quatro da tarde.
Já teve de ir ao enterro de mais de um dos seus amigos.
Não recebe convite para nenhum casamento há mais de dez anos, e quando ele chega, é da filha de seu amigo, aquela que faz pouco tempo você foi ao baptizado.
A maioria dos seus Cds é composta de coletâneas.
Relê os clássicos e descobre que eles não eram tão chatos assim.
Não se lembra da última vez que andou de autocarro.
Não precisa mais ir àquele espaço alternativo, pra ver seus artistas favoritos, pois eles estão todos na Globo.
Homem:
Seu símbolo sexual é a Sonia Braga.
Prefere uma sessão de cartas a jogar uma partida de futebol.
Tem mais cabelos na toalha que na cabeça.
Presta mais atenção numa mulher quando ela fala, do que quando anda.
A ressaca de sexta à noite se prolonga até a segunda pela manhã.
Troca a cerveja por vinho tinto.
De preferência, bom vinho português, pois tem mais flavonóide;
Sabe o que é flavonóide;
Pode pagar pelo bom vinho português, afinal, tudo na vida tem suas compensações!!
Mulheres:
Consegue falar ,por menos de cinco minutos no telefone.
Não se lembra mais como se prepara uma mamadeira.
Consegue ir ao shopping com um objectivo definido e sair de lá em menos de uma hora.
Prefere que alguém dirija pra você.
Não presta mais atenção na própria celulite.
A maioria dos telefonemas que recebe em casa, são para os seus filhos.
Consegue passar horas com seu (sua) parceiro(a) na cama...conversando.
Está "revendo" telenovelas.
Consegue se divertir mais ao lado de um homem, que em baixo dele.
Acha que silicone é coisa de travesti.
Porque será que o Pai Natal
é um velhinho de barbas brancas
e a Mãe Natal
é uma garota toda triques?
(assim me escreveu a minha amiga Ana Suzuki, do Brasil)
Edna Feitosa, poeta e pintora, é de São José do Rio Preto - SP. No começo fazia como eu - tentava ajudar meio mundo e acabava distribuindo migalhas que nada resolviam. Até que decidiu, em Dezembro passado, consertar a vida de pelo menos uma pessoa - uma velhinha muito alegre e muito pobre, a Geni.
Edna Iniciou uma campanha entre os amigos, já que, como professora aposentada, cheia de compromissos, não dispunha de meios para realizar o seu intento, que era comprar uma geladeira para a Geni.
Conseguiu a geladeira e muito mais:
- Um fogão Dako (a velhinha não tinha nenhum) - Um bujão - Uma cesta de Natal - Uma cesta básica mensal.
Outra amiga virtual apresentou-se e proporcionou à vaidosa velhinha uma troca completa de roupas para o Natal, com creme hidratante, batom e pulseiras.
Por que estou contando isto?
Para que todos percebam que, embora não dê para consertar o mundo, é possível fazer alguém feliz, sem que com isto nenhum de nós se torne mais pobre.
Se você não tiver nem dez ou vinte reais para ajudar alguém, nóis vai é fazê uma campanha pra ajudá ocê.
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Ana Suzuki Brasil
Queridos netos,
A Vó não sabe brincar com vocês, porque só sei brincar de passado e vocês só sabem brincar de futuro. E ainda estarei brincando de recordação quando vocês começarem a brincar de esperança.
Mas antes que eu me torne apenas um retracto na parede, uma referência dos meus entes queridos ou até uma lágrima de minha filha, quero lhes dizer uma coisa que considero muito importante para os seus momentos de dúvida.
Porque eles ocorrerão e todos serão preciosos.
Quero lhes dizer, queridos netos, o que vale a pena.
- Vale a pena crescer e estudar.
- Vale a pena conhecer pessoas, ter namorados e namoradas, sofrer ingratidões, chorar algumas decepções e- apesar de tudo isto (ou por causa de tudo isto)- ir renovando todos os dias sua fé na bondade essencial da criatura humana e o seu deslumbramento diante da vida.
- Vale a pena verificar que não há trabalho que não traga recompensa, que não há livro que não traga ensinamento, que os amigos têm mais para dar que os inimigos para tirar, que, se formos bons observadores, aprenderemos tanto com a obra do sábio quanto a vida do ignorante.
- Vale a pena ver que toda a amargura nos deixa reflexão, toda tristeza nos deixa a experiência e toda alegria nos enche a alma de paz.
- Vale a pena casar e ter filhos. Filhos que nos escravizam com seu amor e nos concedem a felicidade de tê-los junto a nós e vê-los crescer. Filhos que, ao crescerem um pouco, já discutem connosco, acham que sabem bem mais que nós ( e às vezes sabem mesmo) e nós aprendemos com eles.
--Vale a pena viver estes assombrosos tempos modernos em que os milagres acontecem ao virar de um botão, em que se pode telefonar da terra para a lua, lançar sondas espaciais, máquinas pensantes, à fronteira de outros mundos. E descobrir que toda essa maravilha tecnológica não consegue, entretanto, atrasar ou adiantar a chegada da primavera.
- Vale a pena viver, mesmo com todas as limitações a que o ser humano está sujeito, quando lembramos que o surdo vê a luz do sol, que o cego ouve a música das coisas, que o mendigo sonha com as estrelas, que não precisamos de todos os sentidos para participar do esplendor da criação.
- Vale a pena mesmo sabendo que vocês verão coisas que eu nunca vi, assim como vejo coisas que meus pais não viram, e meus pais viram coisas que meus avós não viram.
- Vale a pena, certamente- o saber acumulado dos cientistas e especialistas que revelarão coisas que a mim não foram reveladas. Pode ser que vocês conheçam seres vindos de outros planetas, o que para mim é teoria e especulação, assim como a televisão e outras invenções foram teoria e especulação para meus avós já falecidos.
- Vale a pena, mesmo quando vocês descobrirem que tudo isso que estou mencionando é de pouca valia, porque a teoria não substitui a prática e cada um tem de aprender por si mesmo que o fogo queima, que o vinagre amarga, que o espinho fere e que o pessimismo não resolve rigorosamente nada.
- Vale a pena até mesmo envelhecer como eu e ter netos como vocês, que me devolveram a infância e a juventude.
- Vale a pena mesmo que eu parta e suas lembranças de mim se tornem vagas. Mas quando outros disserem coisas boas de seus avós, espero que vocês possam dizer de mim simplesmente isto:
"Minha avó foi aquela que me disse que valia a pena....E não é que ela tinha razão?"
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26/04/2005
texto recebido via Internet, s/autoria
Ele chegou à praça com uma marreta, endireitou a estaca de uma muda de árvore e firmou batendo com a marreta, amarrou a muda na estaca e se afastou com o para olhar uma obra de arte.
Não resisti a puxar conversa:
- O senhor é da prefeitura?
- Não, sou da Alice, faz quarenta e dois anos. Minha mulher.
- Ah... O senhor quem plantou essa muda?
- Não, foi a prefeitura. Uma árvore velha caiu, plantaram essa nova de qualquer jeito, mas eu adubei, botei essa estaca aí, olha que beleza, já está toda enfolhada.
De tardezinha eu venho regar.
- Então o senhor gosta de plantas.
- De plantas, de bicho, até de gente eu gosto, filho.
- Obrigado pela parte que me cabe.
Ele sorriu, tirou um tesourão da cinta e começou a podar um arbusto.
- O senhor é aposentado?
- Não, sou desaposentado.
Foi podando e explicando:
- Quando me aposentei, já tinha visto muito colega aposentar e murchar, que nem árvore que você poda e rega com ácido de bateria.
Sabia que tem comerciante que rega árvore com ácido de bateria pra matar, pra árvore não encobrir a fachada da loja? É, aí fica com a loja torrando no sol.
Picotou os galhos podados, formando um tapete de folhas em redor do arbusto.
- É bom pra terra, tudo que sai da terra deve voltar pra terra. Mas então. Eu já tinha visto muito colega aposentar e murchar. Botando bermuda e chinelo e ficando em casa diante da televisão. Ou indo no boteco pra beber cerveja, depois dormindo de tarde. Engordando e bundando. Até que acabam com derrame ou enfarte, de não fazer nada e ainda viver falando de doença.
Cortou umas flores, fez um ramalhete:
- Pra minha menina. A Alice. Ela é um ano mais velha que eu, mas fica uma menina quando levo flor. Ela também é desaposentada.
Ajuda na escola da nossa neta, ensinando a merendeira a fazer doce com pouco açúcar e salgados com os restos dos legumes que antes eram jogados fora. E ajuda na creche também, no hospital.
Ih, a Alice vive ajudando todo mundo, por isso não precisa de ajuda, nem tem tempo de pensar em doença.
Amarrou o ramalhete com um ramo de grama, depositou com cuidado sobre um banco.
- Pra aguar as mudas eu tenho que trazer o balde com água lá de casa. Fui na prefeitura pedir pra botarem uma torneira aqui.
Disseram que não, senão o povo bebe água e deixa vazando. Falei pra botarem uma torneira com grade e cadeado que eu cuido.
Falaram que não. Eu teria que ficar com o cadeado e então ia ser uma torneira pública com controle particular, e não pode.
Sorriu, olhando a praça.
- Aí falei: então posso cuidar da praça mas não posso cuidar de uma torneira? Perguntaram, veja só, perguntaram se tenho autorização pra cuidar da praça. Nem falei mais nada. Vim embora antes que me proibissem de cuidar da praça...
Ou antes que me fizessem encher formulário em três vias com taxa e firma reconhecida, pra fazer o que faço aqui desde que desaposentei.
Ta vendo aquele pinheiro fêmea ali?
A Alice que plantou. Só tinha o pinheiro macho. Agora o macho vai polinizar a fêmea e ela vai dar pinhões.
- Eu nem sabia que existe pinheiro macho e pinheiro fêmea.
- Eu também não sabia, filho. Ih, aprendi tanta coisa cuidando dessa praça! Hoje conheço os cantos dos passarinhos, as épocas de floração de cada planta, e vejo a passagem das estações como se fosse um filme!
- Mas ela vai demorar pra dar pinhões, heim? falei olhando a pinheirinha, ainda da nossa altura; mas ele disse que não tem pressa.
- Nossa neta também é criança e eu já falei pra ela que é ela quem vai colher os pinhões. Sem a prefeitura saber, né... E a Alice falou que, de cada pinha que ela colher, deve plantar pelo menos um pinhão em algum lugar. Assim, no fim da vida, ela vai ter plantado um pinheiral espalhado por aí.
Sem a prefeitura saber, é claro, senão podem criar um imposto pra quem planta árvores...
Falei que é admirável ver alguém com tanta idade e tanta esperança, e ele riu:
- Se é admirável eu não sei, filho, sei que é gostoso.
E agora dá licença que eu preciso pegar a Alice pra gente caminhar.
Vida de desaposentado é assim: o dinheiro é curto, mas o dia pode ser comprido, se a gente não perder tempo!
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Trecho de autoria de Domingos Pellegrini,
publicado na GAZETA DO POVO, de 22/05/05
Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio.
Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido.
Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afecta
indistintamente: As perdas do ser humano.
Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a protecção do útero.
Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos.
Começamos a vida em perda e nela continuamos.
Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem.
Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo.
Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói.
E continuamos a perder e seguimos a ganhar.
Perdemos primeiro a inocência da infância.
A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas
por que alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair...
E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo.
Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.
Estamos crescendo.
Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.
Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros.
Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade.
Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres.
Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.
Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as peles do braço da avó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto.
Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos.
E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos, seios, ganhamos pelos,
ganhamos altura, ganhamos o mundo.
Neste ponto, vivemos em grande conflito.
O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos ah! os sonhos!!!
Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.
Aí, de repente, caímos na real!
Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados.
Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo.
Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais?
A racionalidade, a capacidade de organizar nossas acções de modo lógico e racionalmente planejado?
E continuamos amadurecendo
Ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma.
E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer.
Mas perdemos peso!!!
Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e pregamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade.
E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.
De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas),
ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso e perdemos cabelos.
Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir, perdemos a esperança.
Estamos envelhecendo.
Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo.
Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um renascer, excepto aquele que se faz em vida,
pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas,
o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a Primavera sempre chega após o Inverno, que necessita do Outono que o antecede.
Que a gente cresça e não envelheça simplesmente.
Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massaje.
Que tenhamos rugas e boas lembranças.
Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia.
Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos.
E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, se sintam amados mais do que se saibam amados.
Afinal, o que é o tempo?
Não é nada em relação a nossa grande missão.
E que missão!
Que missão? Não uma pregressa...
Mas a que você acaba de decidir tomar nas mãos!
Fique em Paz!
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18/12/2002
artigo recebido via Internet, s/autoria
- Não, não se fazem mais velhos como antigamente.
- É verdade. Não se fazem.
- Veja você. Você está com 54. Lembra quando você era jovem, quem tinha 54 era um velhinho, não era?
- Avô, avô......
- Então. E as mulheres de 54?
- Bisavós, bisavós.....
- Não exagera. Avós, também. Aliás, mulher de 40 já tava velhinha. Todas de preto. Iam à igreja. A mãe da gente tinha 40, né? Era uma santa, né? Imagina se fazia o que as de 40 fazem hoje...
- Onde é que você quer chegar?
É que a nossa geração mudou tudo. Mudou até a velhice.
A gente é de uma turma que rompeu com tudo. Esse negócio de Beatles, Rolling Stone, pílula, tropicalismo, isso fez mudar tudo.
- Prossiga.
- É que a gente mudou os velhos que a gente ia ser. Veja a sua roupa. Você esta vestido igual a um cara de 20, 30 anos. Você não está de terno e gravata como os cinquentões de antigamente.
- Você está é justificando a nossa velhice.
- Que velhice, cara! Você hoje faz tudo que um cara de 20 faz.
- Mais ou menos, mais ou menos.
- A nível comportamental.....
- A nível, cara?
- Desculpa, mas comportalmente falando, ficou tudo igual. O cara de hoje, com 50, não se comporta mais como um cara de 50 dos anos 50. Nivelou, entendeu?
- Explica melhor.
- As meninas também. As nossas amigas de 40, por exemplo.
- Melhor não citar nomes.
- É que hoje elas fazem coisas que a gente não poderia imaginar que a mãe da gente fizesse com a idade delas. Estão todas aí, inteiraças. Liberadas, está entendendo? Mandando ver. E nós também.
Veja a roupa do seu filho. Igual à sua. Antigamente um cara de 23 se vestia completamente diferente de um cara de 53. Ou você alguma vez viu o seu pai de tênis? Acho que até para jogar tênis ele devia jogar de sapato.
- Se a gente então não está velho, vai ficar velho quando?
- Pois é aí que eu quero chegar. Não existe mais a velhice. Nos anos 60 a gente fez tanta zorra que, sem querer, garantimos o nosso futuro sem velhice. Pode escrever aí. Não existe mais velhice.
- Ficamos imortais?
- Quase. Antigamente o sujeito começava a morrer mais cedo. Ficava uns 10, 15 anos morrendo. Agora não, ele vai ficar até os 80, 90. Daí ele fica doente e morre logo. Acabou a agonia. Pensa bem: a gente está com 50.
Temos mais uns 30 pela frente. Firmes. É isso, cara: não existe mais a velhice. E fomos nós que detonamos com ela.
- Mas tem o cabelo branco, as rugas, a barriguinha....
- Detalhes, cara, detalhes. O cabelo branco, a ruga e a barriguinha hoje em dia são encarados como charme. Mesmo porque os cabelos não ficam mais tão brancos como nos nossos pais. E as rugas também. Os velhos estão cada vez com menos rugas. E pra barriguinha, estão aí as academias. Tem fórmulas.
- E isso vale também para as mulheres, né?
- Principalmente. Eu estava falando nas nossas amigas de 40. Pega as de 50. Tudo com corpinho de 30. Cabeça de 20. Tão até melhores do que nós, cara.
- Peraí. a sua namorada não tem nem 30.
- E isso me preocupa. Tem cabeça de 50. De 50 das antigas.
- Eu não estou entendendo aonde é que você quer chegar.
- Quero chegar nos 90. Me passa o uísque. Me passa o cigarro. Me passa a saudade que eu tenho dos meus 20 anos. Me passa a vida a limpo. E mete os Beatles aí na radiovitrola. Help, please!
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Mário Prata
Pais heróis e mães rainhas do lar.
Passamos boa parte da nossa existência cultivando esses estereótipos.
Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça.
A rainha do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá para implicar com a empregada.
O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra?
Fizeram 80 anos.
Nossos pais envelhecem.
Ninguém havia nos preparado pra isso.
Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas. Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo:
agora chegou a vez de eles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional.
Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam.
Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu. Estão com manchas na pele. Ficam tristes de repente. Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.
É complicado aceitar que nossos heróis e rainhas já não estão no controle da situação.
Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina. Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo. Ficamos irritados se eles se atrapalham com o celular e ainda temos a cara-de-pau de corrigi-los quando usam expressões em desuso: calça de brim? frege? auto de praça?
Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adoptam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.
Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi.
Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.
É uma enrascada essa tal de passagem do tempo. Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros, ainda mais quando os outros são papai e mamãe, nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós...
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artigo recebido via Internet, s/autoria
Velhos ou novos
os homens são sempre iguais.
Que mania, avô!
E PRÓ SANTO?
Um cara chegou no bar e gritou: - Me vê uma pinga aí!
O balconista encheu o copo e advertiu:
- Aqui, todo mundo que toma pinga joga um pouco no chão e oferece prò santo!
O freguês deu uma banana com o braço. - Prò santo eu dou uma banana!
No mesmo instante, o braço do cara endureceu de tal forma que não se mexia.
- O que aconteceu? - gritou o homem, desesperado.
- O senhor ofendeu o santo e ele o castigou. Mas como é a primeira vez que o senhor vem ao bar,
vou resolver isso.
O balconista chamou todos os fregueses e pediu que rezassem. O braço do sujeito foi voltando ao normal.
Um velhinho viu tudo e ficou impressionado. Foi ao balconista e pediu uma pinga. Jogou um pouco no chão e tomou tudo de uma vez.
O balconista perguntou: - E prò santo?
O velhinho abaixou as calças e tirou o danado pra fora: - Aqui prò santo, ó!
O danado endureceu na hora.
O velhinho sacou uma arma e gritou: - Se alguém rezar aqui, eu mato!
PIJAMA DO AMOR
A jovem de 18 anos foi passar o fim de semana na casa dos avós.
Quando chega a noite a moça vai para seu quarto e tira toda a sua roupa e deita na cama.
A sua avó entra no quarto e pergunta assustada: -O que é isso minha neta?
-Isso o que vovó?!?
-Você está sem roupa...
-Não vovó, estou usando o pijama do amor - responde a jovem.
-Puxa! que legal - diz a velhinha.
Chega a noite, o velhinho entra no quarto e vê a velhinha nua.
-O que é isso mulher?
-Isso o que meu velho?
-Você aí, deitada sem roupa?
E a ela responde: - Não estou sem roupa, estou usando o pijama do amor...
E o velho: - Pelo menos podia ter dado uma passadinha!!!
Você se considera uma pessoa idosa, ou velha?
Acha que é a mesma coisa?
Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:
Idosa é uma pessoa que tem muita idade.
Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
A idade causa degenerescência das células.
A velhice causa a degenerescência do espírito.
Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
Você é idoso quando sonha.
É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende.
É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita.
É velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando ainda sente amor.
É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida.
É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs.
É velho quando seu calendário só tem ontens.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência.
Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro.
E é no presente que os dois se encontram.
Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão.
Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina.
O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos.
O velho tem saudade.
O idoso curte o que resta da vida.
O velho sofre o que o aproxima da morte.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos.
O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida activa, plena de projectos e de esperanças.
Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido.
As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso.
As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.
A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante.
Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas.
Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor.
Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos guardará a jovialidade de um homem sábio.
Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho.
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15/07/2004
Alice
Ele passou tão depressa!!
Que eu não vi....
Tirou-me o viço...
Fez-me....promessas,
Cumpriu....algumas,
Outras...nem tanto!!
Mas nem por isso,
Esqueceu...na pressa,
De fartar-me....em risos!!!
E enxugar, meu pranto.
Num compasso, lento...
Eu o acompanho...
Vou...carimbando,
Meus bons momentos!!
Valorizando...tudo o que ganho!!
Aspirando.....a vida!!
E a sua essência!!
Sorvendo...meu coquetel,
De sonhos....
Trocando...meus anos,
Por experiência!!!
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12/10/2006
Isa Sosnowski
Minas do Leão - Brasil
Homenagem póstuma
Contam-se, anos de vida atribulada,
nos teus cabelos brancos, avozinha.
Felizes netos, a quem não falta nada.
Sou uma pobre neta, sem a minha.
Ouvi a tua história, encantada.
Sussurradas palavras, numa voz
suave de quem, na poltrona, sentada,
ainda roga a Deus por todos nós.
Anquilosadas mãos, correm o terço,
e aperfeiçoam a bainha rendada
dum paninho de loiça. Desde o berço,
jamais souberam estar sem fazer nada.
Tentei escrever a história duma vida;
pormenores ouvidos quando, atenta,
junto a ti me sentei. Da tua lida,
recordações da memória um pouco lenta.
Talvez, mais tarde, escreva o que entendeste
contar-me, um belo dia, à tardinha.
E faça jus, como tu, ao que aprendeste
quase em 90 anos, avozinha.
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22/05/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
01.Começamos a dar bons conselhos quando a idade nos impede de dar maus exemplos.
02. Seu suprimento de células cerebrais finalmente baixaram a um nível administrável.
03. Seus segredos estão seguros com seus amigos pois eles também não se lembram.
04. Suas juntas fazem uma previsão de tempo mais exacta do que o serviço nacional de meteorologia.
05. Tem gente que telefona às 9 da noite e pergunta: - Lhe acordei?
06. Ninguém lhe chama mais de hipocondríaco.
07. Você não tem que estudar mais nada.
08. As coisas que você compra não vão ficar velhas.
09. Você pode jantar às 6 da tarde.
10. Você pode viver sem sexo mas não sem óculos.
11. Você gosta de ouvir contar as cirurgias dos amigos.
12. Você discute acaloradamente sobre aposentadoria e planos de saúde.
13. Você dá uma reunião e os vizinhos nem notam.
14. O limite de velocidade deixa de ser um desafio.
15. Você não encolhe mais a barriga para ninguém.
16. Você cantarola a música do elevador.
17. Seus olhos não podem piorar.
18. Seu plano de saúde começa a valer a pena.
19. Você não se lembra quem mandou esta lista.
20. Começamos a dar bons conselhos quando a idade nos impede de dar maus exemplos.
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artigo recebido via Internet, s/autoria
Se até o Pai Natal já é velhinho e tem tanta genica,
para quê importarmo-nos com a idade?
E não é verdade que todos gostam dele?
Ora pois!
Feliz Natal para todos os avós!
Enterra-se o Carnaval. Hoje é quarta-feira de cinzas. Começa a Quaresma.
Quarta-feira de cinzas é qualquer dia para mim. São as cinzas da minha vida.
Todos os dias, quando acordo, se apaga a minha alegria de viver.
Não há Carne vale. Queimo o valor da carne, porque não tenho dinheiro para a comer.
É cinza sem calor; é fogo apagado sem arder.
È sempre Quaresma.
Os 40 dias bíblicos até à Páscoa representam 40 anos, a esperança média de vida na época. Rescrevendo hoje seriam 80 dias.
Uma vida de jejum, meditação, penitência no deserto.
A minha vida é um deserto de 60 dias. Solidão sem esperança de ressurreição.
Todos os dias faço jejum. Só tenho uma refeição depois do pôr-do-sol.
Não posso pagar duas refeições, jantando não vou dormir de barriga vazia.
Lá vou vivendo resistindo às tentações, da facilidade de morrer...
meditando no vazio... a realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria.
Lá vou escrevendo no gerúndio, prolongando o que é breve:
Nem D. Sebastião volta, nem Jesus ressuscita.
Não tenho mais temas para escrever. Há carência do essencial por aqui.
A minha vida neste país é Quaresma sem Páscoa.
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28/02/2006
Sara Rafael
Enfim, nós éramos belos, escorreitos, sonhadores, apaixonados e inexperientes!
Continuamos belos, sonhadores e apaixonados.
A beleza da alma transparece no rosto dos idosos
Engordámos ou emagrecemos e a estrutura corporal degradou-se; mas o amor é cego!
Os sonhos nunca morrem!
O verdadeiro amor é inesgotável!
A experiência duma vida não tem preço. Que o digam os netos!
Assim dou início ao Blog referente à 3ª idade, dita «Idade do Ouro».
Sejam bem vindos ao meu Blog.
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5/12/2005
Laura B. Martins
Mensagem:
(Mensagem recebida duma amiga brasileira. Nada mais verdadeiro!)
Para o seu blog da Terceira Idade, Laura
Quarta Idade
Penso que já é tempo de se criar uma Quarta Idade, para pessoas com mais de 80 ou 85 anos, ou então às incapacitadas por alguma enfermidade, pois com os avanços da medicina a vida humana se prolongou tanto, que já não é possível chamar de idoso ou idosa uma pessoa de 60 ou 70 anos, que muitas vezes está mais activa que os jovens.
Aqui no Brasil, pelo menos nas grandes cidades, temos movimentos em prol dessa gente sessentona ou setentona (não raro com octogenários no meio) proporcionando-lhes a oportunidade de se unirem em grupos que fazem ginástica, organizam bailes e excursões e até namoram.
Com a entrada da mulher no trabalho, muitas mulheres optam por cuidar dos netos.
Ou então cuidam de suas casas e dedicam algumas horas a entidades assistenciais.
À excepção de alguns homens inúteis e mulheres amargas, que deviam morrer mais cedo para desocupar a moita, a imensa maioria se encontra cheia de vida, digna do respeito e do carinho da sociedade, pois a idade que consta no cartório é apenas um registro, que nada tem a ver com a realidade que constatamos.
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Ana Suzuki