(foto da minha neta Beatriz na área de trabalho do computador)
Meus amigos,
Não fiquem tão impressionados com a minha decisão de cuidar de um bebê. As coisas são muito simples. Se Tadao ou eu, um de nós adoecer, Beatriz vai para um berçário. Se tivermos saúde, vamos cuidar dela o dia todo, porém a noite é nossa, o sábado e o domingo também. Férias dos pais são férias nossas. Neto não é como filho, compromisso em tempo integral.
Cientistas fizeram uma pesquisa para saber por que a natureza, tão interessada na procriação, permite que machos e fêmeas sobrevivam à perda de sua fertilidade. A única razão plausível que encontraram foi - avós sobrevivem para ajudar os filhos a cuidarem de seus filhotes.
Claro que, entre os humanos, a regra nem sempre se aplica. Mas num caso como o nosso, um casal de aposentados, aposentadérrimos, por que não? Nesta vida já tive babás, empregadas, faxineiras, porque meu filho era doente. Se Beatriz mantiver a saúde que tem, podemos dispensar ajuda e continuar magrelos.
Enfim, posso dizer apropriadamente que estou "meio grávida". É esperar para ver como se comporta o bebê. Por enquanto não dá. A mãe morre de ciúmes e a neta pensa que sou apenas fotógrafa e palhaça.
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15/03/2007
Ana Suzuki